“Só quero que meu coração tenha paz”, diz mãe de Emanuel e Emanuele

A população soteropolitana ainda continua indignada com a causa das mortes dos jovens Emanuel e Emanuele, em Ondina, no dia 11 de outubro. Em mais um protesto realizado neste sábado (2) no local onde os jovens morreram, cerca de 100 pessoas pediam justiça. Emocionada, a mãe dos irmãos, Marinúbia Gomes, pediu mais paz e tolerância no trânsito.

“Este é um manifesto para pedir mais paz, mais tolerância às pessoas no trânsito. Deixem a razão falar mais alto e não levem a emoção para o volante. Para mim, só peço justiça e que ela consiga agir pelas outras mães que perderam seus filhos em acidentes de trânsito”.

O encontro foi marcado pelas redes sociais, através da criação de uma comunidade intitulada "Justiça - Emanuel e Emanuelle. Por onde passam, os manifestantes recebem apoio da população. Muitos aplaudem e fazem orações. “Eu não era uma pessoa com fé, não tinha religião, mas descobri o poder dela após a morte dos meus filhos. As pessoas que me encontram querem dividir a dor comigo. Esse é um aprendizado”, completa Maribúbia.

Um grupo de motociclista também acompanharam a manifestação. De acordo com um dos membros do Grupo Red´s Boy, Welton Menezes, a manifestação é uma forma de contribuir para o pedido de justiça no caso.

A médica acusada de matar os jovens, Kátia Vargas, continua na enfermaria do Complexo Penitenciário de Mata Escura. Nesta quinta-feira (31), o advogado Vivaldo Amaral, que a defendia deixou o caso. Em conversa com o site Bocão News, Vivaldo afirmou que "estou deixando o caso, mas não posso dizer os motivos. Estamos saindo eu e Tilson Santana".
Após três semanas, recurso para ,soltura da acusada ainda não foi julgado.

Crime - Os jovens morreram após a moto que conduziam ser atingida pelo carro da oftalmologista Kátia Vargas Leal Pereira, em frente ao Ondina Apart Hotel, na Avenida Oceânica.

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Com informações do repórter Lucas Esteves

Publicada no dia 02 de novembro de 2013, às 16h32