Geral

Cachorrinha late, PM fica incomodado e atira no animal no bairro do IAPI

Imagem Cachorrinha late, PM fica incomodado e atira no animal no bairro do IAPI
Animal sofreu inúmeras fraturas na mandíbula, perdeu parte da língua e dentes   |   Bnews - Divulgação

Publicado em 12/12/2013, às 06h38   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


FacebookTwitterWhatsApp

Moradores da localidade Nova Divineia, no bairro do IAPI, em Salvador, acusam um policial militar de ter baleado uma cachorrinha durante uma ronda, no último dia 3. Segundo denúncia, o militar teria disparado a arma por ficar incomodado com o latido do animal. Uma policial feminina, que participava da operação, teria dado risada quando a cadela fugiu para não ser novamente atingida, o que revoltou ainda mais as pessoas que presenciaram o crime. Socorrida por moradores, a cadela, conhecida como Diana, foi levada a uma clínica veterinária onde recebeu os primeiros socorros. 
O caso foi parar no gabinee da vereadora Ana Rita Tavares (Pros) que assumiu os cuidados com o animal. Segundo a edil, o estado de saúde da cadela é considerado grave, já que ela sofreu inúmeras fraturas na mandíbula e vias nasais, além de ter perdido parte da língua e inúmeros dentes. O animal corre risco de morte.
A cachorrinha Diana foi internada e fez uma série de cirugias. Segundo Ana Rita, com inúmeras lesões na mandíbula, vias nasais, dentes e pescoço, Diana está sem se alimentar desde o dia do crime. Devido ao estado de desnutrição, ela vai receber uma sonda para poder se alimentar pelo esôfago. Após um período de 10 a 15 dias, se recuperando, Diana será reavaliada para poder passar por uma cirurgia que visa recuperar o estrago causado pelo tiro.
De acordo com Ana Rita, o  comandante geral da Polícia Militar, coronel Alfredo Castro, prometeu que será feita uma investigação interna. A parlamentar, que também é advogada, disse ainda que vai tomar as medidas judiciais cabíveis contra os agressores.
Cão baleado por PM na Câmara Municipal em 2008 morreu no ano passado
Em 2008, o cão Branco, que fazia companhia ao morador de rua Cristiano Lisboa dos Santos, o “Índio”, foi baleado pelo PM Wellington Sena Mariano, policial que fazia parte da guarda da Câmara Municipal de Salvador. Ele havia acordado Índio, que dormia embaixo da marquise do órgão aos chutes. Diante da agressão, o cão latiu para Mariano em sinal de defesa do seu guardião, quando o PM disparou contra o animal. Branco foi socorrido pela comerciante Priscila Cerqueira, que o levou no próprio carro para a clínica veterinária Planeta Animal, no bairro da Barra, onde foi submetido a uma cirurgia para a retirada do projétil.
Na época do crime, Ana Rita Tavares, então advogada da associação Terra Verde Viva, entrou com um processo por maus tratos cometido pelo policial contra o cachorro. Segundo ela, o fato revela a prática de crueldade e maus tratos contra animais, conforme o artigo 225 da Constituição Federal e o artigo 32 da Lei 9605/98.
Após de ter sido baleado, Branco ainda viveu um tempo na companhia de outro morador de rua, Gilson “Capenga”, mas ao apresentar problemas de saúde, foi levado para o Abrigo da Terra Verde Viva, onde viveu ao lado de cerca de 300 cães até o dia 16 de novembro de 2012, quando morreu devido a um quadro de insuficiência renal.

Classificação Indicativa: 18 anos

FacebookTwitterWhatsApp