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Glória a ti neste dia de Glória: fé, devoção e política marcam o Bonfim

Imagem Glória a ti neste dia de Glória: fé, devoção e política marcam o Bonfim
Milhares de fiéis fizeram o cortejo em homenagem ao Senhor do Bonfim  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 17/01/2014, às 06h50   Caroline Gois (Twitter: @goiscarol)




O colorido das fitas que forrava o gradio da Igreja do Bonfim se misturava às preces e ao cheiro de alfazema que pairava no ar. Eram milhares de fiéis - baianos e turistas que se ajoelhavam nas escadarias que hoje contemplam a festa tida como patrimônio imaterial do país. 

A câmeras do Bocão News flagraram pais, filhos, idosos que a mais de duas décadas sobem a colina sagrada e homenageiam o Senhor do Bonfim. Para uns, o moento é de agradecimento, para outros de pedidos que não são impossívéis para quem com fé, vai a pé. 
Por ser um ano de eleição, mais uma vez a segunda maior festa popular da Bahia se tornou palco para campanha política. O governador Jaques Wagner, o prefeito ACM Neto, a ministra da Cultura Marta Suplicy, vereadores, deputados e filiados políticos acenaram, abraçaram e fizeram o pedido para que as urnas apresentem o resultado desejado.


Afoxés, bandinhas de sopro, grupos de samba e percussão. Ao todo, 45 entidades foram cadastradas pela Empresa Salvador Turismo (Saltur) para a Lavagem. 
A tradição
A realização da Lavagem do Bonfim é uma tradição que remonta à inauguração da Basílica no século XVIII, na Cidade Baixa, e atrai todos os anos milhares de pessoas, entre devotos, moradores e turistas. A festa foi iniciada pelos romeiros e escravos que, a mando dos senhores e integrantes da Irmandade do Senhor do Bonfim, limpavam e enfeitavam a igreja para a festa dedicada ao santo, no segundo domingo depois da Epifania (Dia de Reis). Os rituais católicos duram dez dias e começam com o novenário. No encerramento, acontecem as missas solene e campal. Já a lavagem, que ocorre na quinta-feira anterior ao domingo da festa, sincretiza catolicismo e candomblé. Na religião africana, o santo representa Oxalá, o pai de todos os orixás.
As festividades religiosas se encerram no domingo (19) com uma Missa Campal, e a apresentação do Terno de Reis. Já a parte profana, acaba na segunda-feira (20) com a tradicional Segunda-Feira Gorda da Ribeira.

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