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Barraqueiros de Piatã protestam contra derrubada: daqui a gente não sai

Publicado em 19/01/2014, às 09h28   Caroline Gois (Twitter: @goiscarol)


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A secretária Rosema Maluf está enfrentando mais um embate com os barraqueiros de Salvador. A Justiça autorizou a derrubada das estruturas e em maio do ano passado, 98 barracas foram demolidas. Ao todo, 352 equipamentos devem ser destruídos. Desta vez, o local definido é a praia de Piatã. Na manhã deste sábado (18), a Prefeitura através da Secretaria de Ordem Pública (Semop) iniciou a derrubada, o que gerou revolta dos 83 proprietários destas estruturas na região. "Se tirar não vamos mais trabalhar. Não nos deram nenhuma posição. Começaram cedo e não sabemos o que fazer", desabafou a dona de uma barraca, Joélia Santana Santos, 29 anos, que há 14 anos trabalha como barraqueira na praia de Piatã. 
Segundo Joélia, não foi apresentado por parte da prefeitura um plano para que eles possam trabalhar em outra localidade. "Eles querem a retirada imediata. Teve barraca que eles levaram tudo, a mercadoria toda. A gente entende que tem que regularizar, mas precisamos entrar em um acordo. Se não pode aqui bote a gente lá em cima", reclamou. 
A barraqueira diz ainda que as Polícias Civil e Militar, além de agentes da Semop estão no local. "Estão todos aqui. Guarda Municipal, tudo. Mas, não iremos sair. Vamos fechar a Orla", relatou Joélia, informando que a secretária Rosema esteve no local, "mas não nos deu posição alguma".
A reportagem tentou falar com a Semop sobre o assunto, mas as ligações não foram atendidas. As decisões de retirada das barracas de praias, que tiveram início no dia 23 de agosto de 2010, foram pautadas na lei federal: Nº 7.661, de 16 de maio de 1988. Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro, que proíbe a urbanização das praias com menos de 50 metros de distancia do mar.

Equipes do Bocão News estão no local.

*Nota originalmente publicada às 14h55 do dia 18/01

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