Deputado chama prefeita de Dias D'Ávila de mentirosa e ventríloqua

Publicado em 21/02/2014, às 05h57 Alessandro Isabel (Twitter @alesandroisabel)

O clima político na cidade de Dias D’Ávila, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), é tenso e a cada dia surgem novas denúncias contra a administração da prefeita Jussara Márcia (PT) e do presidente da Câmara, vereador Dr. Zé Carlos (PSD), que é marido da prefeita.

Nesta quinta-feira (20), durante entrevista para a Rádio Sociedade, o deputado federal Cláudio Cajado (DEM) não poupou críticas à administração da petista, eleita para governar o município até 2016. “Para você ter a ideia, depois de 15 meses de administração, a prefeita Jussara, que nada fez, um zero à esquerda de um zero, voltou a prometer que ia fazer. Prometeu que iria transformar o Rio Imbassahy, em um rio maravilhoso límpido, prometeu que ia asfaltar a cidade, prometeu que iria fazer pela saúde, educação, prometeu transformar Dias D´Ávila na cidade dos sonhos, na cidade perfeita. Isso ela disse na campanha, há 15 meses atrás, e voltou a prometer. E se você for em Dias D’Ávila agora o que é que você vê? Uma cidade imunda”, disse o parlamentar para o apresentador Adelson Carvalho.

Cajado acusou a prefeita de demitir funcionários antigos da prefeitura para abrir vagas que foram ocupadas por indicados da petistas e aliados. “Como é que uma prefeitura que se diz responsável pelo funcionário público demite os funcionários no ano passado com 15 anos de serviço, muitos com 20 anos de prefeitura, para agora está contratando sem concurso público servidores municipais. Funcionários indicados pelos vereadores que lhe dão apoio?”.

E disparou: “Alias, aí eu tenho que fazer justiça. Não é nem ela, por que ela, a prefeita Jussara, é uma ventríloqua, sabe o que é ventríloqua? Aquele bonequinho que bota no colo e fica o outro manipulando? Pois é. Ela é ventríloqua do companheiro dela, o vereador Zé Carlos, que é quem age efetivamente como prefeito e manda na prefeitura. Agora eu lhe pergunto: como é que um vereador, presidente da Câmara, pode tomar o lugar da mulher? Se ele não foi eleito. Ele vai na prefeitura, fica mandando em um, mandando em outro. A prefeita manda fazer uma coisa, ele demanda e diz que tem que fazer como ele quer. E aí fica aquela confusão. Um bate-cabeça. Ninguém se entende. Aí fica Dias D’Avila entregue ao caos”.

O deputado ainda chamou a prefeita de mentirosa. Para o demista as promessas feitas durante a companha em que a gestora foi eleita, em 2012, não foram cumpridas e citou exemplos. “Na campanha ela prometeu dar transporte de graça para os estudantes universitários e pagar a bolsa integral para a faculdade de todos os estudantes. Pois bem, você sabe o que ela dá? Uma merreca de R$ 135,00 que não paga metade do valor do transporte dos universitários. E ainda faz propagando na televisão, coloca outdoor na cidade dizendo que dá transporte e bolsa aos universitários: mentirosa, tanto que os estudantes durante a manifestação na terça-feira chamou ela de Pinóquia, chamou a prefeita de Pinóquia. Agora veja que desmoralização, que vergonha uma prefeita se submeter a um vexame desse por ter prometido o que não tá cumprindo e por ter feito mentiras, que seriam promessas que ela sabia que não poderia cumprir. Ela agora prova do próprio veneno que tanto destilou tantos anos na oposição”.

Ao final da entrevista, Cajado ainda disse que a prefeita está na zona de conforto por contar com apoio de grande parte dos integrantes da Câmara. “O companheiro dela é o vereador Zé Carlos, que é o presidente da Câmara. Ela disse que não está nem um pouco preocupada com as críticas que estão sendo feitas por mim (Cajado), pela oposição em Dias D’Ávila, pelas manifestações do povo de Dias D’Ávila, porque, como o companheiro dela é o presidente da Câmara, segura tudo lá na Câmara. Até porque tem um grupinho de vereadores lá, que tem a família toda empregada na prefeitura. Vou lhe dar um exemplo: o vereador André Rosas. Ele tem o pai, que é secretário e ganha R$ 10 mil. A esposa Jamile é auditora da secretaria de Saúde e ganha R$ 5 mil. A irmã Andrea Rosas, gerente administrativa financeira, ganha R$ 4 mil. A tia, que é vice-diretora de uma escola ganha R$ 3 mil. Ele como vereador ganha R$ 9 mil. Quer dizer, ele tá na boa e tá caladinho e faz o que a prefeita quer. Na Câmara sabe como ele fica? Parece aquela lagartixa que fica em cima do muro balançando a cabeça. Essa é a situação de Dias D’Ávila”, concluiu”.

A reportagem do Bocão News tentou, sem sucesso, manter contatos com a prefeita e vereadores citados.

Publicada no dia 20 de fevereiro de 2014, às 10h27

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