Após o protesto realizado na manhã desta terça-feira (1º) pelos funcionários do Hospital Roberto Santos assustados com a onda de violência que tomou conta da área da unidade, com vários casos de assaltos e sequestros relâmpagos registrados, a direção do hospital anunciou uma série de medidas para melhorar a segurança, entre elas rondas constantes da Polícia Militar e a presença, 24 horas, de dois ou três policiais no módulo situado no início da pista de acesso, são algumas delas.
Em parceria com a direção do Hospital Roberto Santos, está sendo desenvolvida uma ação do serviço de Inteligência da PM na tentativa de identificar delinqüentes que estariam atuando em áreas externas do hospital, principalmente no estacionamento.
As medidas foram intensificadas após um sequestro-relâmpago ocorrido na sexta-feira passada (25), no estacionamento privativo do hospitalm segundo relatou a diretora do Sindmed, Inalba Fontaneli, informando que esse foi o último episódio de uma série que vem ocorrendo no local quase todos os dias, inclusive.
A enfermeira Tayara Costa disse sentir muito medo, já que o alvo principal dos criminosos são as mulheres. As providências foram comunicadas aos funcionários pelo coronel. Anselmo, responsável pela 23ª CIPM (Companhia Independente da Polícia Militar).
Na sexta-feira, após serem comunicados do sequestro, os diretores Paulo Bicalho (Geral) e José Saturnino Rodrigues (Administrativo) se reuniram com servidores, estudantes (internos) e médicos residentes, com os presidentes dos sindicatos dos Médicos (Sindimed) e dos Trabalhadores em Saúde (SindSaúde) e com o capitão Luide, responsável pelo policiamento nos hospitais públicos, para tratar da questão da segurança na unidade hospitalar.
De acordo com a direção, a iuminaçãodaárea está sendo reforçada com a substituição de lâmpadas colocação de outros tipos de postes. Os cinco mil servidores serão recadastrados, para implantação das cancelas digitais de acesso aos estacionamentos.
O reforçop da segurança conta ainda com a utilização de aparelhos de radiocomunicação para os vigilantes e implantação de um sistema de monitoramento interno e externo por meio de câmeras.
Outras medidas também serão adotadas, segundo Paulo Bicalho. Uma delas é implantar cancela para que os carros sejam identificados logo no início da pista de acesso, onde se localiza o módulo policial. Outra, é restringir o acesso à área interna do hospital, fechando algumas entradas. Um novo estacionamento também está sendo implantado, oferecendo mais 60 a 80 vagas.
Sobre a intenção de parar o trabalho no período do Carnaval, revelada durante manifestação realizada hoje (1º/3) por um grupo majoritariamente formado por residentes de medicina, Paulo Bicalho reiterou que o caminho é o diálogo. “Se eles pararem, vamos conversar. Mas não acredito em paralisação por este motivo (segurança), uma vez que estamos trabalhando com medidas preventivas e estamos atentos, ouvindo, a discussão está sendo participativa”.
