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Vídeo: idosa é ferida em protesto contra transtornos do Estaleiro Paraguaçu

Imagem Vídeo: idosa é ferida em protesto contra transtornos do Estaleiro Paraguaçu
População volta a reclamar dos transtornos da construção no local   |   Bnews - Divulgação

Publicado em 04/04/2014, às 15h51   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


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Moradores da cidade de Salinas das Margaridas, no Recôncavo Baiano, voltaram a procurar o Bocão News para denunciar transtornos que envolvem a construção do Estaleiro Enseada do Paraguaçu (EEP) localizado em Maragogipe, no distrito de São Roque, na Bahia. O grupo formado pelas empresas Odebrecht Participações e Investimentos S.A., a OAS Investimentos S.A. e a UTC Participações S.A. Em 2012, a Kawasaki Heavy Industries Ltda. é o responsável pela implantação do EEP.

Em conversa com a reportagem, eles reclamaram das estradas que continuam esburacadas, por conta dos veículos pesados que trafegam pelos distritos, e também relataram que crianças estão sofrendo com problemas respiratórios.

Na última sexta-feira (28), a população fez um protesto em uma das estradas que dá acesso ao estaleiro. O ato acabou com uma idosa atingida de raspão por uma bala de borracha. 
Durante a manifestação, trabalhadores do estaleiro que eram conduzidos em ônibus chegaram a se solidarizar a ser barrado pelos manifestantes. “Estamos revoltados com aquilo que o policial fez. Ele ainda disse que não daria em nada. Somos trabalhadores ou vagabundos? A gente interferiu porque os policias começaram a jogar bombas, a agredir esses moradores. E ainda teve a ousadia de dizer que não daria em nada a manifestação”, disse um dos funcionários que preferiu não se identificar. A bala teria sido disparada, segundo os moradores, por policiais da Caatinga.

Assista: 



Também em conversa com a reportagem, o vereador Jorge Teixeira (PSD), conhecido como 'Terrinha', confirmou os problemas da cidade. “A estrada continua precária. Estamos perdendo no turismo por conta dessa situação. Quem está sofrendo somos nós. O distrito de Conceição é o que mais sofre. As caçambas estacionam e acabam com as praças. O estaleiro está só usufruindo do nosso município. Muita gente ficando doente com problema respiratório”, dispara.


Em contato com a assessoria do EEP, a reportagem foi informada que nunca chegou ao conhecimento da empresa essas denúncias. A companhia salientou também está disponível para diálogo com a população por meio do blog www.navegandojuntos.com.br. A reportagem do Bocão News entrou em contato com a Polícia Militar que deve se manifestar em breve sobre o caso.

Com previsão de conclusão em 2014, serão construídos na unidade seis navios-sonda de perfuraçãooffshore, do contrato firmado em 2012 com a Sete Brasil, no valor global aproximado de US$4,8 bilhões. A obra teve um investimento privado de R$ 2,6 bilhões, e deve gerar cerca de 15 mil empregos diretos e indiretos.


Greve dos trabalhadores

Na última quarta-feira (3), os trabalhadores do estaleiro decretaram greve por aumento salarial de 15%, plano de saúde, aumento do valor da cesta básica, aumento da participação nos lucros, entre outras reivindicações. Por meio de nota, o Consórcio Estaleiro Paraguaçu (CEP) e a Enseada Indústria Naval S.A., informaram que as atividades no canteiro de obras do estaleiro estão paralisadas desde o início da greve e que a companhia concentra esforços para a retomada dos trabalhos após a realização da assembleia, agendada para a próxima segunda-feira (7) às 7h30. O consórcio ressalta que mantém diálogo permanente com o Sintepav Bahia e enxerga paralisações como instrumentos legais de negociações.

Nota originalmente postada às 15h do dia 3


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