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Negociação de agentes da Transalvador com secretaria causa racha nos sindicatos

Imagem Negociação de agentes da Transalvador com secretaria causa racha nos sindicatos
As negociações entre agentes da Transalvador e o secretário de Gestão, Alexandre Pauperio, ainda não tiveram um fim  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 19/05/2014, às 10h51   Lucas Franco (Twitter: @lucasfranco88)


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As negociações de representantes dos agentes da Transalvador (Superintendência de Trânsito e Transporte de Salvador) com o secretário de Gestão de Salvador, Alexandre Pauperio, ainda não tiveram um fim. Embora membros do Sindseps (Sindicato dos Servidores da Prefeitura do Salvador), que representa os servidores municipais como um todo, tenham assinado na última terça-feira (13) um acordo com Pauperio, a Astram (Associação dos Servidores em Transporte e Trânsito do Município de Salvador) se diz insatisfeita com o que foi acordado e fará assembleia nesta segunda-feira (19), no pátio da Getran, no Vale dos Barris. 
“Ficou acordado entre eles que para a implantação do plano de cargos e vencimentos os servidores deveriam renunciar à data-base e à correção inflacionária dos anos de 2015 e 2016. É lamentável que Pauperio tenha feito acordo sem consultar outros sindicatos que fazem parte da negociação”, criticou o presidente da Astram, Adenilton Junior. “Não é postura de sindicato fazer renúncia de data-base. Eles vão ficar marcados na história do Brasil por fazerem parte do primeiro sindicato do país a abrir mão da data-base de 2015-2016”, completou Adenilton.
O diretor-social da Astram, Gilberto Bonfim, alega retroação nos ganhos. “É um governo que quer reinventar a economia, nem o ministro da Fazenda é capaz de fazer isso. Se ele congelar todos os preços do mercado sentamos para negociar. Não dá para congelar o valor do salário de 2014, sem reajuste da inflação, a inflação come todo o aumento”, critica. 
No entanto, o coordenador administrativo e financeiro do Sindseps, Everaldo Braga, alega que o aumento de R$ 825 para R$ 1.450 dos agentes da Transalvador e de R$ 825 para R$ 1.350 para guardas municipais e agentes de fiscalização seria o começo de muitas conquistas. “Depois de 19 dias de greve, e depois de conversas negociamos. Fechamos a negociação e esperamos que a prefeitura cumpra e encaminhe para a câmara municipal. Nem sempre conseguimos tudo o que queremos, mas as conquistas foram visíveis, foram fruto da luta dos trabalhadores”, contextualiza Everaldo, que nega ter renunciado à data-base. “Em momento algum está renunciada a data-base, até porque não há negociação com isso. Buscamos no mínimo a correção inflacionária, mas queremos muito mais”, defende. 
Para o coordenador administrativo e financeiro do Sindseps, a Astram quer confusão. “Tem um grupo de trabalhadores da Transalvador que faz parte de lá, e por conta de uma briga política, pois eles perderam a eleição do Sindseps em 2010, estão querendo atrapalhar a vida de 10 mil servidores municipais, lotados nas suas diversas secretarias, fundações e autarquias”, completa.
No meio do fogo-cruzado, o secretário de Gestão de Salvador, Alexandre Pauperio, diz não querer se meter na briga. “Tem uma disputa entre eles, entre os sindicatos, mas sobre esse assunto eu não gostaria de interferir”, diz. No entanto, apesar do papel assinado com o Sindseps, o secretário disse que as negociações com a Astram continuam. “Eu estive na sexta-feira (16) em reunião com a Astram e fiz nova proposta, que significava atendimento ao que eles solicitaram. Parece que eles vão levar a uma assembleia às 14h para avaliar a proposta. Eu mostrei para eles a dificuldade que a administração tem, e fiquei na expectativa de que o grupo reconsidere o movimento grevista”, reflete. No entanto, a assinatura da última terça-feira (13) em reunião com o Sindseps continua em vigor. “O papel assinado está de pé, em vigor, inclusive na sexta-feira (16) assinei o mesmo acordo com o Sindacs (Sindicato dos Agentes Comunitários de Saúde e Contendores de Doenças Endêmicas e Epidemiológicas do Estado da Bahia), da mesma forma com o sindicato da Fazenda. Hoje temos pendente apenas esse grupo da Transalvador”, conta.

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