Geral
O Brasil está entre os países que mais consomem bebidas alcoólicas na América Latina, sendo a cerveja a principal escolhida. Em Salvador essa realidade não é diferente, de modo que a busca pela chamada “canela de pedreiro” acaba sendo a escolha perfeita para aliviar o calor soteropolitano.
Entretanto, o truque para atingir esse ponto, onde a cerveja está geladíssima, é desconhecido pelo grande público, que acaba consumindo a breja estupidamente gelada apenas em bares, restaurantes, ou “na sorte”; quando acaba retirando do freezer pouco antes de congelar. Em muitos casos o consumidor perde o timming e acaba precisando colocar a bebida para descongelar.
Para resolver esse problema, entender como deve ser feito, saber se o processo de congela-descongela pode prejudicar o sabor da bebida, e ainda outras dicas importantíssimas para os consumidores, o BNews Summer convidou Débora Lehnen, mestre cervejeira da Proa Cervejaria.
A especialista explicou que a cerveja congela ao chegar entre -2,-3 graus. “Quanto mais alcoólica, mais baixa a temperatura que ela vai resistir, ou seja, quanto menos álcool tem, mais perto de zero grau ela vai congelar ”, contou Débora. É a partir dessa temperatura que a garrafa já corre risco de estourar.
Ainda sobre esse assunto, a mestre cervejeira contou uma curiosidade que justificaria a temperatura ideal da bebida ser algo em torno de dois graus. “Quando a gente bebe a cerveja estupidamente gelada, congelamos as nossas papilas gustativas, que são a parte sensível da língua, que faz com que não sintamos o gosto da cerveja. Por isso, muitas vezes, quando ela esquenta, não conseguimos tomar porque tem um gosto ruim. Isso é uma coisa para se pensar”, reflexionou Débora.
Já quando o assunto é gelar mais rápido, a especialista conta que o melhor caminho é molhando a garrafa com água. Contudo, ela destaca um erro que muitos cometem antes e durante esse processo: “tem que armazenar em pé, não deitada, pois no ‘pescoço’ da garrafa há um pouco de oxigênio, que em contato com a cerveja, acaba tendo uma maior área de contato, provocando uma oxidação. Desse modo a cerveja se conserva por mais tempo”, explicou a mestre cervejeira.
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Outra coisa importante é manter as garrafas distantes dos raios do sol, principalmente as garrafas nas cores verde e transparente, que acabam deixando “passar” mais luz. “Acontece uma reação chamada ‘lightstruck’, que traz um aroma indesejado, que muitas vezes lembra até o odor de um gambá. Esse é o motivo, inclusive, para que algumas pessoas, no exterior, acabem consumindo essas cervejas com limão, pois ele disfarça esse aroma”, revelou a especialista.
E por fim, se não foi possível manter a temperatura ideal e a cerveja congelou, pode ficar tranquilo. Segundo Débora, quando isso acontece poucas vezes não é um problema. Todavia, se isso ficar se repedindo, aí sim há prejuízos a bebida. “Se a cerveja passa por esse processo muitas vezes ela perde o que a gente chama de estabilidade coloidal, ficando turva”, detalhou a mestre cervejeira.
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