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Publicado em 23/01/2024, às 10h30 Cadastrado por Bernardo Rego
Mais uma novidade tomou conta do carnaval carioca. Após o sacolé gourmet e até alcoólico, chegou o "sacolé com bala" ou MD. A droga traz riscos à saúde, potencializados pela mistura com bebidas e sorvetes.
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Uma publicação viralizou no X, antigo Twitter. A venda aconteceu em meio a um ensaio de um bloco no Aterro do Flamengo, na zona sul, no domingo (14). Bala é um nome popular para a droga MDMA.
Um casal anunciava em uma placa sacolés de vodca nos sabores morango e coco, por R$ 30. Ao mesmo tempo, falava: "sacolé com bala".
“Eu soube porque eles estavam falando: 'sacolé com bala'. Aí questionei: 'Bala? Que bala?' Pensei: mentira. Deixa eu tirar uma foto. Foi tudo muito rápido. Não comprei, mas um conhecido meu comprou”, disse o ator e jornalista Tiago Ribeiro, que registrou a imagem e compartilhou no X, antigo Twitter.
A Polícia Militar (PM) disse que "esse tipo de material em redes sociais deve tornar-se objeto para procedimento investigativo". Segundo a PM e a Prefeitura do Rio, não houve registro de ocorrência sobre a comercialização da droga na região. "A Polícia Militar atua no policiamento ostensivo. Sendo detectado crime em flagrante, os envolvidos serão presos", disse a PM do Rio, em nota
Riscos do consumo
Calor intenso, álcool e drogas são uma combinação perigosa durante o Carnaval, diz Mariana Sgarbi, médica psiquiatra e professora da Faculdade Souza Marques.
O MDMA (MD ou ecstasy) é uma droga sintética derivada das anfetaminas, que são estimulantes do sistema nervoso central —elas aumentam a liberação de neurotransmissores, como serotonina, dopamina e noradrenalina, responsáveis por sentimentos de satisfação, bem-estar, prazer e aumento de energia no organismo.
“O principal efeito do MDMA é a euforia, que atinge seu pico cerca de uma hora após o consumo da droga. Também são frequentes efeitos como agitação motora, desinibição social, perda de apetite, redução do sono e aumento da libido”, pontuou a médica.
O consumo associado ao sacolé pode mascarar efeitos da droga em um primeiro momento, o que potencializa os riscos de intoxicação rápida.
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