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Antonio Cruz / Agência Brasil
A Samarco, juntamente com suas acionistas Vale e BHP Billiton, apresentaram uma proposta de investimento no total de R$ 90 bilhões para reparar os danos do rompimento da barragem de Mariana. O desastre, que ocorreu em 2015 e vitimou 19 pessoas, seria reparado com o repasse dos recursos que seriam R$ 72 bilhões em forma de repasses financeiros e R$ 18 bilhões designados a financiar medidas executadas pela própria Samarco.
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Em busca de soluções para os diversos problemas ocasionados pelo rompimento da barragem, as negociações vem ocorrendo há dois anos. Além das mineradoras, a mesa de negociação conta com a participação do governo federal, dos governos estaduais de Minas Gerais e Espírito Santo, do Ministério Público Federal (MPF) e a Defensoria Pública da União. Até o final de 2023, as mineradoras tinham proposto destinar apenas R$ 42 bilhões para as medidas de reparação, algo muito inferior aos R$ 126 bilhões pedidos pelas autoridades governamentais e judiciais.
A nova proposta foi confirmada pela Vale por meio de um comunicado ao mercado divulgado na última segunda-feira (29). Ao todo, o novo valor totaliza R$ 127 bilhões. Os R$ 90 bilhões da reparação somado aos R$ 37 bilhões já investidos até março de 2024. Caso seja aceito, a proposta atenderá às expectativas dos governos e instituições judiciais, mas até o momento, não houve manifestações por parte dos demais membros da mesa de negociação.
Nessa nova proposta há uma intenção de que todos os novos recursos sejam fornecidos pela própria Samarco. Apesar disso, caso a mineradora passe por dificuldades financeiras, as sócias Vale e a BHP Billiton, devedoras secundárias, deverão assumir de igual forma a responsabilidade pelos pagamentos. Ou seja, cada uma delas seria encarregada de arcar com 50% dos valores estabelecidos.
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