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Cidade brasileira cogita mudar de lugar após inundação de 75% da área; entenda

Divulgação/Prefeitura de Brasiléia
Mais de 15 mil pessoas foram atingidas pela enchente na cidade de Brasiléia  |   Bnews - Divulgação Divulgação/Prefeitura de Brasiléia
Marcelo Ramos

por Marcelo Ramos

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Publicado em 06/03/2024, às 08h46


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A cidade de Brasiléia, localizada no Acre e com fronteira com a Bolívia, vive momentos dramáticos após a maior enchente da sua história, entre o final de fevereiro e o início deste mês. A gravidade do caso fez com que as autoridades locais pedissem a realocação das construções para uma área mais alto.

Segundo a prefeitura, a nova cheia do rio Acre atingiu 75% da área do município, algo nunca visto em mais de 100 anos de história (a cidade é de 1910). Até a zona rural foi atingida.

Números de Brasiléia

Área: 3.900 km²

População: 26 mil

Atingidos pela cheia: 15 mil

Desabrigados: 1.276

Desalojados: 2.220

Abrigos montados: 16

Prédios municipais alagados: 17

“Infelizmente, essas mudanças climáticas não são mais fenômenos de longo espaço de tempo. Praticamente todo ano [uma cheia] virou realidade. Eu não queria dizer isso, mas é a quarta enchente em Brasileia em 12 anos. E cada uma vem em proporção muito maior que a anterior”, afirmou Fernanda Hansemm (PP), prefeita da cidade.

A ideia de tirar as edificações da área alagável foi defendida pelo governador do Acre, Gladson Camelli (PP).

“A gente precisa colocar a pedra fundamental da cidade em uma parte alta, se não, daqui a 11 meses voltamos ao mesmo cenário. O poder público não tem condições de conviver com isso. Vamos fazer esse apelo ao presidente Lula para que a gente consiga avançar”, disse.

A ministra do Meio Ambiente e Mudanças do Clima, Marina Silva, declarou que o governo federal já vem estudando medidas e planeja decretar emergência climática permanente em 1.038 municípios mapeados como mais vulneráveis aos efeitos dessas mudanças.

“Essa é uma realidade que vai se repetir de forma mais grave. Então trabalhamos nas causas, com tudo que pode diminuir o ritmo do aumento da temperatura; e, ao mesmo tempo, ações estruturantes para que cidades vulneráveis tenham intervenções continuadas ao longo dos anos para enfrentar o problema”, comentou.

Classificação Indicativa: Livre

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