Estudantes que teriam feito 'blackface' em trote universitário são investigados; saiba detalhes

Uma comissão de apuração foi feita pela Unesp de Botucatu, São Paulo, nesta quarta-feira (30) a fim de investigar um caso de racismo de estudantes que teriam feito "blackface", prática em que pessoas brancas se pintam com tintas pretas para se ‘assemelharem’ à pessoas negras, ridicularizando-as.

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O ato ocorreu na última sexta-feira (25). Na festa, calouros teriam sido obrigados a pintar o rosto com tinta preta em prol de uma gincana. Após o evento, imagens começaram a circular nas redes sociais, em que universitários denunciavam o ocorrido, considerando-o racista. 

O Instituto de Biociências da Unesp de Botucatu (IBB), por meio de um comunicado, afirmou que tanto as imagens quanto as denúncias já estão em posse de uma comissão de apuração, onde está havendo um conjunto de estratégias para identificar os envolvidos.

A instituição ainda reitera que, além de averiguar os fatos e dar o direito do contraditório a todos, deve enviar às comunidades universitárias as devidas punições, se for o caso.

Além disso, a comissão vai ajudar a definir os elementos legais que permitem proceder com denúncias junto às autoridades policiais no momento oportuno.

A república que recebeu o evento se pronunciou nas redes sociais, afirmando que a gincana é uma "forma de integração entre calouros e veteranos das repúblicas, sendo os times separados por cores com o intuito de identificar os integrantes de cada equipe na competição. As cores disponíveis eram amarelo, rosa, azul, verde, vermelho, marrom e preto".

Ainda no comunicado, a república afirma que "dada a euforia e o clima de descontração, não percebeu o que a pintura com a cor preta poderia significar e quais os gatilhos que poderiam ser despertados a partir dela".