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Mulher vítima de assédio durante parto reclama de demora nas investigações

Luiz Oliveira/Prefeitura de Cosmópolis
Moradora de cidade no interior de São Paulo, mulher denunciou caso em maio de 2021, mas só foi chamada agora para depor  |   Bnews - Divulgação Luiz Oliveira/Prefeitura de Cosmópolis

Publicado em 17/07/2022, às 14h52   Redação BNews



Em meio a diversos casos de violência obstétrica expostos pelo país, mais um chama a atenção, desta vez pela demora das autoridades de segurança na investigação.

Em Cosmópolis, na região de Campinas, interior de São Paulo, Victoria Trujillo, de 26 anos, denunciou negligência no atendimento médico em que perdeu o bebê, aos 8 meses de gestação.

Segundo relatos dela ao G1, sangrando e com fortes dores, disse ter sido vítima de assédio sexual pelo profissional que a atendia.

O caso ocorreu em abril de 2021 na Santa Casa de Misericórdia e foi denunciado à Polícia Civil em maio do mesmo ano.

Porém, pouco mais de um ano após a queixa, somente agora ela foi convocada a prestar depoimento após o caso vir à tona pela imprensa.

"Demorou um ano para eles fazerem alguma coisa. Para eles se moverem para fazer alguma coisa. Agora que o médico vai dar depoimento", disse ela ao G1.

"A justiça é demorada, mas creio em Deus que vai dar tudo certo. Que a justiça vai ser feita, até porque tenho provas, testemunhas do que aconteceu comigo. Confesso que não é fácil", completou.

Victória, que atua como maquiadora profissional, afirma que tocar no assunto é desgastante emocionalmente. Apesar disso, ela espera que sua história sirva para ajudar a mudar a realidade que muitas mulheres enfrentam.

"É muito duro ver o tempo passar e a justiça não ser feita. E com tudo que aconteceu essa semana (do anestesista), do caso que ganhou que repercussão, e isso mexe muito comigo. Positiva, porque pode ser que a justiça seja feita. E negativa, porque é muito difícil mexer nessa ferida".

Procurada, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP) informou que as investigações prosseguem para apurar os crimes de homicídio culposo e assédio sexual.

"A equipe da unidade segue em diligências visando ao esclarecimento dos fatos e responsabilização da autoria. Detalhes serão preservados por envolver crime sexual", informou a pasta, através de nota.

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