Geral

Professora é agredida após alunos fazerem aposta em colégio; entenda

Reprodução/ Facebook
Envolvidos foram suspensos por dois dias e um processo disciplinar foi aberto para definir a sanção  |   Bnews - Divulgação Reprodução/ Facebook

Publicado em 26/09/2023, às 10h18   Cadastrado por Bernardo Rego


FacebookTwitterWhatsApp

Uma professora de inglês do Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro,  foi agredida com três tapas na cabeça. Segundo um documento assinado pelo diretor da unidade, Ricardo Miranda, a agressão aconteceu por conta de uma uma aposta de R$ 5 com dois colegas, que riram da situação. Os envolvidos foram suspensos por dois dias, como medida cautelar, e um processo disciplinar foi instaurado para definir a sanção que vai ser aplicada. As informações são do O Globo.

O departamento de Inglês da instituição emitiu uma nota de apoio à professora afirmando que o caso foi motivado por desafio criado nas redes sociais. No comunicado de Ricardo Miranda, "tem-se verificado um aumento significativo, por parte do corpo discente, de ações que geram violência, decorrentes de vários fatores, mas principalmente da falta de respeito, de limites e empatia ao próximo".

O caso aconteceu no dia 18 de setembro, na unidade do Humaitá, Zona Sul do Rio. Segundo o comunicado de Miranda, a professora estava de cabeça baixa, ao final da aula, realizando anotações e sentiu um primeiro tapa, de leve, na cabeça. Ela achou que alguém havia esbarrado nela. Mas, na sequência, recebeu mais dois tapas na nuca, com força.

"Ao levantar o rosto a professora se deparou com dois discentes rindo da situação. Os dois apostaram entre si se a aluna teria a coragem de dar um tapa na professora. A discente deu o primeiro tapa e foi até o colega cobrar o valor que tinha sido apostado (R$ 5,00 - cinco reais). O aluno disse que não tinha valido, que tinha sido fraco. A estudante, então, voltou e deu mais dois tapas na docente", informou o comunicado emitido pelo diretor na segunda-feira.

O caso gerou revolta na comunidade docente do colégio, envolvendo professores não só do Humaitá, mas de todas as unidades do Pedro II. Os grupos conversam sobre medidas necessárias a serem tomadas para protegerem os profissionais de casos de agressão. Também já foram realizadas atividades com alunos sobre o que aconteceu no Humaitá.

Ainda segundo a nota do departamento, é pedido que sejam tomadas "medidas enérgicas para responsabilizar os autores dessa violência de forma célere" para prevenir futuros incidentes semelhantes.

No documento assinado pelo diretor da unidade, foi informado que a professora registrou um boletim de ocorrência do caso. Ela estava substituindo a professora titular da turma quando foi agredida.

Também foram enviados relatórios acerca dos estudantes envolvidos ao Conselho Tutelar e ao Ministério Público Federal. A medida foi tomada após orientação da Procuradoria-Geral da República, que foi questionada pelo colégio.

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp