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Restrito apenas a vida sexual, 'pocketing' surge como novo formato de se relacionar; confira

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O 'pocketing' mostra que os parceiros têm cada vez mais evitado as ligações emocionais  |   Bnews - Divulgação Freepik

Publicado em 12/01/2023, às 08h20   Cadastrado por YB


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Relacionamentos em que um não quer incluir o outro em seu convívio social ou expor fotos do casal nas suas redes sociais agora tem nome: ‘pocketing’. Segundo a publicação de O Globo, psicólogos e sexólogos afirmaram que tem sido cada vez mais comum avançar na relação sexual e não na emocional.

Ao que parece, o ‘pocketing’ tem sido motivado também pelos aplicativos de namoro, como o Tinder, que levam as relações para o lugar exclusivamente sexual, sem vínculos afetivos.

“A questão é que a relação sexual não é satisfatória. É fácil dar match no Tinder e depois aparecerem a contradição, as dificuldades. As consultas de pacientes que me procuram por conta deste assunto estão aumentando exponencialmente. Eles apresentam crises de casal, de ansiedade, depressão. São dificuldades de vínculo, em geral”, disse a sexóloga e psicóloga Silvia Aguirre.

Há cada vez mais casos de pessoas que dizem ter dificuldades em estabelecer ligações “reais”, que não ficam satisfeitas mesmo quando têm relações sexuais que diziam ser o que queriam. Os especialistas relatam que a comunicação “instantânea” das redes sociais é aplicada aos vínculos. Contudo, esse tipo de comunicação nem sempre possui um efeito assertivo.

Contudo, quando se trata de quem faz o “pocketing”, há pessoas que dizem ter “boas intenções”, com a ideia de que “aquilo que ninguém sabe, ninguém estraga”.

Todavia, conforme a publicação, as descrições dos psicólogos estão de acordo com o que o sociólogo Zygmunt Bauman conceituou como “amor líquido”, um vínculo frágil. Associou-o ao fugaz, à necessidade de satisfazer uma necessidade momentânea e depois abandoná-la. Bauman, inclusive, não a limita às relações com os outros, mas até consigo mesmo. “A liquidez do amor-próprio”, sintetizou.

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