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Traficante é condenado a 225 anos por ataque que derrubou helicóptero e matou três policiais

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Juíza classificou o ataque do traficante FB como "ato terrorista"  |   Bnews - Divulgação Reprodução/TV Globo

Publicado em 21/06/2023, às 08h42   Redação BNews


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O traficante Fabiano Atanásio da Silva, o FB, foi condenado a 225 anos de prisão, na manhã desta quarta-feira (21), por ter feito um ataque que derrubou um helicóptero da Polícia Militar (PM) na Zona Norte do Rio de Janeiro, em 2009, que resultou na morte de três policiais a bordo da aeronave.

Para o corpo de jurados do 3º Tribunal do Júri, FB, o último réu a ser julgado no caso, foi o responsável por ordenar e comandar a invasão ao Morro dos Macacos, em Vila Isabel, há 14 anos atrás. A sentença foi lida às 7h30. O traficante está condenado por 3 homicídios, 6 tentativas de homicídio (3 sobreviventes do helicóptero e 3 agentes em terra) e associação para o tráfico.

"Foi uma ação nefasta que se assemelha a um ato terrorista. O abate, simbolicamente, representa o poderio bélico da facção criminosa. E atinge diretamente a população em geral. As imagens, por si só, causam danos inigualáveis”, disse a juíza Tula Mello na sentença.

O réu participou do julgamento por videoconferência, de dentro do presídio federal de Catanduvas (PR). O advogado dele, Cláudio Dalledone, informou que irá recorrer da decisão judicial.

O que ocorreu

Em 17 de outubro a polícia entrou na favela de Vila Isabel para intervir na guerra que havia começado naquela madrugada, quando traficantes do Comando Vermelho atacaram a área, controlada pela facção Amigos dos Amigos (ADA).

Em setembro do ano passado, outros dois traficantes foram condenados pelo mesmo crime: Magno Fernando Soeiro Tatagiba de Souza, o Magno da Mangueira, e Leandro Domingos Berçot, o Lacoste.
Condenados por três homicídios qualificados e seis tentativas de homicídio, eles tiveram suas sentenças estipuladas em 193 anos, um mês e dez dias.

Em 2019, outro réu do mesmo processo, Luiz Carlos Santino da Rocha, o Playboy, foi condenado a 225 anos. Um quinto acusado, Michel Carmo de Carvalho, morreu antes de seu julgamento.

Carlos Henrique Pereira Machado, delegado da 25ª DP (Engenho Novo), o responsável pelas investigações do caso à época disse também que jamais foi descoberto quem efetivamente fez os disparos que derrubaram a aeronave — e que a participação de FB nos ataques teria sido identificada por relatórios de inteligência e depoimentos.

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