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Entenda a importância da água potável em época de pandemia e combate a outras doenças

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Bnews - Divulgação Divulgação / Embasa

Publicado em 29/03/2021, às 10h30   Redação BNews


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Milhões de pessoas morrem a cada ano de doenças transmitidas pela água e um número ainda maior sofre com estas patologias, principalmente, crianças menores de cinco anos. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), febre tifoide, cólera, hepatite A e leptospirose são apenas algumas das doenças causadas pela ingestão de água de rios e lagos. Ainda de acordo com a entidade, a maioria destas doenças pode ser prevenida melhorando a cobertura e a qualidade dos serviços de saneamento.

Neste mesmo cenário, desde o ano passado, o mundo tem assistido ao alastramento da doença infecciosa covid-19, causada pelo coronavírus da síndrome respiratória aguda grave 2 (SARS-CoV-2). De acordo com as autoridades de saúde, a doença é transmitida por meio de gotículas que saem do nariz ou boca quando uma pessoa contaminada tosse, espirra ou exala.

A partir disso, surgiu uma preocupação: se o coronavírus pode ser transmitido por água tratada, uma vez que a água que teve contato com fezes de humanos e animais pode conter vírus (além de bactérias, protozoários e parasitas) que causam doenças. Pesquisas analisadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) apontam que informações disponíveis sobre outros coronavírus humanos similares ao covid-19 indicam que não há evidência de sua transmissão pela água.

No combate a essas doenças, é importante que se dê a devida atenção a políticas públicas que priorizem investimentos em saneamento nas cidades e nas áreas rurais. Nesta crise sanitária, pouco adianta recomendar lavagem de mãos se as pessoas não têm acesso à água potável.

Especialistas apontam que o ser humano que recebe a quantia correta de água potável no dia a dia terá um funcionamento melhor. No geral, existem dois tipos de água tratada. A natural, que vem de uma fonte encontrada na natureza, podendo ser consumida sem a necessidade de filtros ou produtos para desintoxicação da água. E, a tratada, que passa por uma estação de tratamento, com uma série de etapas para eliminação das impurezas e/ou poluentes, antes de chegar ao consumidor final.

Na Bahia, a Empresa Baiana de Águas e Saneamento S.A. (Embasa) está presente em 368 dos 417 municípios baianos, a Embasa alcança, hoje, uma cobertura de 92% em abastecimento de água e 46% em coleta e tratamento de esgoto em sua área de atuação.

Segundo a empresa, são investidos continuamente na pesquisa e desenvolvimento de novas técnicas de análise laboratorial que garantem o atendimento às normas regulamentadoras dos padrões de potabilidade da água e dos padrões ambientais para lançamento de efluentes (Portaria nº 2914/2011 do Ministério da Saúde e Resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente – Conama nº 357/2005, respectivamente).

No último relatório do Sistema Nacional de Informações do Saneamento (SNIS), com dados de 2019, a Bahia alcançou um índice acima de 90% de atendimento com rede de água e um patamar entre 40% e 70% de atendimento com rede coletora de esgoto em área urbana. Mesmo não atuando em todos os 417 municípios da Bahia, o trabalho da Embasa foi decisivo para o alcance desses indicadores. 

Como resultado dessas ações realizadas nos últimos 14 anos, a Embasa registrou, no período, um aumento de 70% no número de ligações de água e de 187% no número de ligações de esgoto em relação ao quantitativo que existia em dezembro de 2006. Isso é um feito histórico, pois nunca havia ocorrido na Bahia, e seus reflexos tanto na vida de milhões de pessoas, assim como na evolução dos indicadores sociais, econômicos e ambientais do estado são indiscutíveis. 

Segundo a empresa, além das obras de abastecimento de água, as ações incluem sistemas de tratamento e de esgotamento sanitário. Nos últimos cinco anos, foram implantadas mais de 415 mil novas ligações de esgoto da Embasa, 15 sistemas de esgotamento, realizadas 72 obras de ampliação e 2.292 módulos sanitários domiciliares (MSD) instalados no meio rural, beneficiando mais de 1,5 milhão de pessoas.

Atuação regional
A Embasa, nos últimos 14 anos, implantou grandes sistemas integrados de abastecimento de água para atender municípios situados no semiárido, como o sistema adutor do São Francisco que abastece 16 municípios da região de Irecê; o sistema adutor do Algodão que atende 8 sedes municipais e algumas localidades rurais na região de Guanambi, os sistemas integrados de abastecimento de Senhor do Bonfim; da região do Sisal (Pedras Altas-São José do Jacuípe); de Itaberaba; de Santo Estevão, entre outros.

A empresa também ampliou grandes sistemas integrados de água, como o sistema de Salvador, que atende a capital baiana, ilhas de Salvador, Lauro de Freitas, Simões Filho, São Francisco do Conde, Candeias e Madre de Deus. Esse sistema está passando por outra obra de ampliação para melhorar e ampliar o atendimento em Candeias, São Francisco do Conde, Madre de Deus e nas ilhas de Salvador.

Outros sistemas integrados de abastecimento no interior receberam obras de ampliação para atender a zona rural dos municípios e melhorar a prestação nas sedes, como o sistema da Zona Fumageira e Paraguaçu-Milagres, no Recôncavo, sistemas de Vitória da Conquista, Euclides da Cunha, de Serrinha, entre tantos outros. 

Mais investimento
Em março, foi aprovado pela Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) o pedido de empréstimo de R$ 500 milhões da Embasa para obras em saneamento básico. 
O Projeto de Lei 24.041/2020 autoriza o Estado a prestar contragarantia à União em operação de crédito interna, de até R$ 500 milhões, a ser celebrada entre a Embasa e o Banco do Brasil.

Em seu parecer, o deputado Robinson Almeida (PT) justificou que a finalidade da operação de crédito é a ampliação e qualificação dos serviços de abastecimento de água e de esgotamento sanitário prestados pela empresa, para que se alcance as metas fixadas na Lei Federal nº 14.026, de 15 de julho de 2020, conhecida como Novo Marco Legal do Saneamento Básico.

A programação da Embasa é que até 2033, 90% da população baiana tenha acesso à coleta e tratamento de esgotos, e 99%, ao fornecimento de água. O que vai demandar investimentos bilionários, segundo a empresa.

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