Próxima a escolas, cursinho pré-vestibular e posto de gasolina, a praça da rua Duarte da Costa, situada no bairro do Bonfim em Salvador, é motivo de reclamação entre moradores da região. Má iluminação, assaltos e tráfico de drogas são alguns dos problemas relatados ao Bocão News.
É visível a falta de manutenção na infraestrutura da praça: o alambrado do campo de futebol está caído há meses, buracos dentro da quadra, grama alta e parque com brinquedos enferrujados. A única parte que passa por um processo de requalificação, é o asfalto que separa a quadra de futebol da pista.
Jane Pereira, moradora do bairro há 15 anos, afirma que passa pelo local com muito medo e certa rapidez. "Eu quase nunca passo aqui ao anoitecer, e quando preciso passar, ando rápido para não ser assaltada. Ninguém fica aqui, até mesmo de dia", conta. Jane tem um filho de 6 anos que estuda nas redondezas da praça e revela receio em deixar a criança brincar no local. "Nunca paramos por aqui, parei hoje por insistência dele, mas já estou de saída".
De acordo com os moradores, a praça já passou por uma reforma há alguns anos, mas as principais queixas não foram atendidas. O problema com má iluminação que permeia a rua é um dos principais motivos de preocupação do bairro. Moradores contam que o local serve de ponto para tráfico de drogas, o que torna o local perigoso.
Maria Luísa Amado, de 26 anos, mora na rua desde que nasceu e é dona de uma loja de roupas em frente à praça. A empresária afirma que já presenciou vários assaltos em frente ao seu estabelecimento. "Uma funcionária minha foi abordada e roubada quando estava chegando ao trabalho, às 6h. Levaram celular e relógio", conta.
Maria Luísa revela ainda que já observou como os bandidos agem na região. "Aqui do lado tem uma escola de dança que funciona à noite, eles observam a entrada dos alunos e basta um demorar um pouco mais para fechar o portão, que eles agem".
Ao Bocão News foi dito pela assessoria de imprensa da Prefeitura de Salvador que a manutenção da praça seria de responsabilidade da Secretaria Municipal da Ordem Pública (Semop), que foi procurada pela reportagem, mas não atendeu as ligações. A Secretaria de Segurança Pública do Estado também não atendeu às ligações até o fechamento desta matéria.
Publicada originalmente às 17h do dia 24 de fevereiro
