Infraestrutura

Macumbódromo gera transtornos em Eunápolis

Divulgação / site Radar64
Moradores dos arredores do local estão revoltados com a sujeira e os urubus  |   Bnews - Divulgação Divulgação / site Radar64

Publicado em 14/03/2013, às 17h13   Redação Bocão News (Twitter:@bocãonews)


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Um problema de saúde pública está incomodando moradores das ruas do bairro Parque Colonial, em Eunápolis. Segundo matéria do site Radar64, a quantidade de despachos de religiões de matriz africana (especialmente Candomblé e Umbanda) que é lançada nas ruas está ocasionando a proliferação de urubus por conta da sujeira.

Moradores indignados com a situação classificada pelo site Radar64 como “problema de saúde pública” encaminharam denúncias e fotografias ao site solicitando uma intervenção da secretaria de Infraestrutura do município.

As imagens mostram a rua que dá acesso à lagoa, onde muitas pessoas fazem caminhadas, completamente tomada pelos urubus que se alimentam dos restos de animais mortos em sacrifícios.

No local se acumula também garrafas de vidro, maços de cigarro, panos coloridos, velas, flores, perfumes e outros materiais usados nos ‘trabalhos’. Tudo isso atrai insetos e ratos, e a água acumulada nos vasilhames pode provocar até a proliferação do mosquito causador da dengue.

Essas fotografias foram tiradas na manhã de 8 de março, mas o cenário é comum nas ruas de chão batido do bairro Colonial. Uma advogada que faz caminhada no local disse que “não tem nada contra as crenças religiosas, desde que sejam praticadas sem provocar prejuízo a outras pessoas, o que não é o caso do acúmulo de lixo no local”.

Os moradores também fazem um apelo aos serviços de coleta de lixo no município, haja vista que a sujeira e os restos de animais permanecem por vários dias no local sem que seja feita a coleta por parte da limpeza pública. O morador destaca que “sacrificar animais sem que seja para fins de consumo é crime ambiental”.

Procurada pelo site, a assessoria mediúnica de uma Yalorixá (Mãe de Santo), para tratar do assunto e ouviu da religiosa uma reclamação. Ela disse que “pessoas que se dizem pretendentes de ser umbandistas praticantes não deveriam fazer os chamados ‘despachos’ para exu nas encruzilhadas de nossas ruas’.

Segundo a Yalorixá, entregar o ‘despacho’ em encruzilhadas ou cemitérios é uma afronta à natureza, à limpeza das ruas etc. 'Podemos entregá-lo, arriá-lo num local próprio, existente em todo centro, terreiro, barracão, tenda de umbanda, omoloco ou candomblé. É a cafua de exu, logo na entrada, do terreiro, a tronqueira”, explica ela.

Ainda de acordo ao Radar64, tem gente aí feito em religião de matriz africana que bate no peito e diz que é raspado e os cambau, orgulha-se e complementa que ele é isso ou aquilo de bem e de melhor no mundo espiritual, mas na hora de oferenda, esculhamba tudo, procura uma rua de chão que tenha um cruzamento para ali assentar tal oferenda, o coloca no chão, trata mal a sua entidade e permite que pessoas de outras religiões façam escárnio da sua fé.

Para não emporcalhar a cidade eu até me atrevo a sugerir que usem materiais biodegradáveis, evitando vidros, plásticos e outros poluentes. Tem até os exus e as pomba-girasque também aceitam seus agrados na praia, num matagal, desde que as velas não provoquem nenhum incêndio.

Não estamos pedindo que parem de cultuar seus Orixás, mas que façam sem por em risco a limpeza pública e a tranquilidade da população. Aposto que os santos agradecem...

Fotos: Divulgação / site Radar64


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