Administração nova, problemas velhos. Depois de “agonizar” na gestão do ex-prefeito João Henrique, na gestão de ACM Neto, um dos maiores cartões postais de Salvador, o Elevador Lacerda, continua enfrentando problemas de estrutura. Desde o início da manhã desta terça-feira (7), três das quatro cabines, irritando os já fadigados usuários do meio de transporte.
“Saiu João Henrique , entrou ACM Neto e o que mudou? O Elevador vive quebrado, do mesmo jeito. Sei que não tem dinheiro, mas eles prometem coisas que não podem cumprir. Na época da eleição, falam como se pudessem resolver todos os problemas da cidade. Depois percebem que não podem. O povo que é burro que não lembra o que foi o ‘Cabeça Branca’ e ainda votou no Neto”, afirmou ao Bocão News Vanda dos Santos, moradora de Paripe que estava indo para a cidade baixa após ir até a prefeitura reclamar da quantidade de buracos na rua onde reside.
“A senhora está totalmente equivocada. Ele (ACM Neto) está fazendo o que pode”, interrompeu dona Nivaldina de Jesus, moradora da Fazenda Grande do Retiro. “Boa vontade ele tem, mas a prefeitura está apertada”, completou.
Dona Nivaldina foi voto vencido na fila do Elevador Lacerda, no início da tarde desta terça-feira (7). Marcelo Andrade questionou as ações da prefeitura de Salvador nesses primeiros meses de gestão.
“O que ele fez por Salvador até agora? Arrumar a casa? O que é arrumar? É multar até o pensamento das pessoas com a justificativa de que está cumprindo a lei? É dobrar o preço da zona azul? É o Elevador Lacerda continua quebrado?”, questionou Andrade.
Com três das quatro cabines quebradas, a Transalvador disponibilizou ônibus gratuitos para a população fazer o trajeto entre a Cidade Alta e a Cidade Baixa.
Promessas após a última reformaNo dia 30 de janeiro, o prefeito ACM Neto entregou duas novas cabines do Elevador Lacerda, “inteiramente reformadas, modernizadas e climatizadas”. Com isso, o tradicional meio de ligação entre a Cidade Alta e a Cidade Baixa voltou a apresentar, depois de muito tempo e por pouco tempo, três das suas quatro cabines em funcionamento.
No fim de janeiro, ao anunciar ao entregar o novo equipamento, a expectativa era de que a modernização diminuiria em 30% em média o consumo de energia dos novos elevadores, além de reduzir o tempo de viagem, de 25 para 22 segundos, nos 70,5 metros de altura.
A promessa da Transalvador foi de que a quarta cabine iria passar pelos mesmos serviços de reforma e “funcionaria plenamente” até o final do verão. Não vingou. Em nenhum momento as quatro cabines funcionaram perfeitamente no Elevador Lacerda.
Também na época da entrega das novas cabines, o superintendente da Transalvador,Fabrizzio Muller, prometeu que tudo iria mudar. “As constantes paradas decorriam justamente de reparos que na verdade eram apenas adaptações. Hoje, podemos dizer que temos um dos sistemas mais modernos do mundo”, declarou.
E agora Fabrizzio Muller e prefeito ACM Neto? Quais são as justificativas para as cabines de um dos maiores cartões postais da Bahia passarem mais tempo “em manutenção” do que disponíveis para a população?
A reportagem do Bocão News tentou o contato com Fabrizzio Muller, mas até o fechamento desta reportagem, não obteve êxito.
