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A cidade de Salvador amanhaceu nesta terça-feira (27) sem ônibus, apesar da rejeição da greve em assembleia na última segunda-feira (26). Alguns trabalhadores cruzaram os braços porque não aceitaram a validade da assembleia comandada pelo Sindicato dos Rodoviários. Eles alegam que a proposta do patronato foi apreciada por um grupo de 40 motoristas e cobradores vinculados ao sindicato em uma reunião fechada.
Em conversa com o Bocão News, o secretário municipal de Urbanismo e Transporte (Semut), Fábio Mota (PMDB), afirmou que o município não é patrão dos rodoviários. Ele fez questão de salientar que os rodoviários elencaram para o município quatro principais propostas dessa mediação, que são a redução da jornada de trabalho de 8 para 7 horas; aumento da reposição salarial, feita em 9%, maior do norte e nordeste; aumento do tíquete de alimentação, e a gratificação do Carnaval que a prefeitura sempre manteve.
“A proposta foi aprovada na Justiça pelas duas classes. O que existe é uma briga interna política entre os rodoviários. Nós continuamos abertos ao diálogo, mas primeiro temos que saber quem são os novos líderes. Nós fizemos a mediação com os líderes que estavam legitimados pelos rodoviários, já que o Sindicato dos Rodoviários não representa a categoria, nós queremos saber quem são os novos líderes”, dispara Mota.
A categoria desobedece a ordem do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), o qual determinou que uma frota mínima com 70% dos ônibus circulem na capital baiana, sob pena de pagamento de multa diária de R$ 100 mil. “É uma briga interna deles,a população de Salvador não pode ficar sofrendo por conta de uma briga interna. Depois do acordo fechado é que ele dizem que não têm representante. Se reúnam e digam quem são os novos líderes”, acrescenta o secretário.
Os pontos de ônibus estão cheios e veículos clandestinos fazem o transporte da população. Os micro-ônibus do Sistema de Transporte Complementar estão circulando. O dissídio da categoria será julgado às 8 horas no TRT.
