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“Rompimento de barragem na Bahia reforça falta de segurança”, diz MAB

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Prefeituras e Governo do Estado apresentam explicações diferentes sobre o ocorrido  |   Bnews - Divulgação Reprodução

Publicado em 12/07/2019, às 08h18   Adelia Felix


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Após a água de uma barragem no distrito de Quati, em Pedro Alexandre, no nordeste da Bahia, invadir a cidade e também o município de Coronel João Sá, deixando mais de 200 famílias desalojadas, nesta quinta-feira (11), o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) criticou os poderes públicos pela falta de monitoramento dos equipamentos. Não houve vítimas.  

“A população que vive próxima dos empreendimentos não está segura e nem ao menos conta com informações sobre as reais condições das estruturas. A falta de fiscalização das barragens no país é um problema grave, que coloca vidas em risco, e é materializada em ocasiões de rompimento”, disse o grupo.

De acordo com o MAB, devido às condições de não monitoramento, as barragens brasileiras são como “bombas-relógios”. Mais uma vez, o Movimento reivindicou a construção de Planos de Segurança locais que possam dar conta de evitar tragédias em casos de rompimentos. 

No estado da Bahia, segundo o MAB, já foi solicitada uma Política Estadual de garantia de direitos das populações atingidas, até o momento sem avanços significativos.

Logo após o ocorrido, a Agência Nacional de Águas (ANA) informou que por se tratar de uma barragem em rio estadual, a fiscalização desse açude compete ao Governo do Estado da Bahia. E, ressaltou que acompanha a situação.

Versões diferentes
As prefeituras de Pedro Alexandre e Coronel João Sá e o Governo do Estado apresentam versões diferentes sobre o ocorrido. 

Em entrevista à Rádio Metrópole, o coordenador da Defesa Civil de Pedro Alexandre, Diego Santos, disse que o rompimento da barragem “foi parcial, não foi completo”.  

Ainda de acordo com a Defesa Civil da cidade, as fortes chuvas que caem na região do Rio do Peixe contribuíram para o possível rompimento da estrutura.

Em entrevista ao jornal Correio, o prefeito de Coronel João Sá, Carlos Sobral, disse que “a barragem quebrou no meio, rompeu no meio. Temos vídeos que mostram o momento do rompimento”.

A Secretaria Nacional de Defesa Civil confirmou, através de nota, o rompimento e informou que suas equipes estão na região prestando suporte às pessoas atingidas e monitorando a situação.

O Governo informou que houve um transbordamento. O Estado não revelou se enviou técnicos ao local. Além disso, acrescentou que o governador Rui Costa entrou em contato com os prefeitos das duas cidades para colocar a estrutura do estado à disposição.

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