Cidades
Publicado em 15/09/2020, às 20h14 Tiago José Paiva
A Associação de Moradores e Amigos de Massarandupió, localizada no município de Entre Rios, está acusando a incorporadora Entre Rios Villas & Resort de restringir o acesso dos cidadãos locais às praias, rios e restingas da localidade. A denúncia foi protocolada formalmente em maio de 2020, junto à promotoria do Ministério Público da Bahia.
Além da restrição de acesso, os moradores também acusam a empresa de colocar cancelas e cercas no local, impedindo que nativos e veranistas "usufruam do bem comum de todos". Junto dessas acusações, a Entre Rios também é apontada pelos moradores como responsável por retirar vegetação nativa e promover queimadas, causando degradação ambiental na área, que é de preservação permanente e é classificada como unidade de conservação.
Essas não são as primeiras acusações que decaem sobre a Entre Rios Villas e Resort. Advinda de Portugal, a incorporadora era anteriormente conhecida como Pacab do Brasil, e já foi alvo de relatos que resultaram em uma dissertação de mestrado em Geografia da Universidade Federal da Bahia (UFBA) no ano de 2009. De acordo com a pesquisa, a empresa acumula desde 2001 acusações de restrições físicas, cercamento de áreas como dunas, manguezais e lagoas, de dificultar acesso à praia, de apropriar-se de faixa da estrada e de proibir a retirada da piaçava, utilizada na confecção do artesanato local que é importante fonte de renda das famílias.
O BNews entrou em contato com representantes da Entre Rios Villas e Resort, que afirmaram que a acusação não tem procedência. Para corroborar sua posição, a empresa enviou a cópia de um documento do ano de 2019 em que Abel Fonseca Ramos, secretário de Turismo e Meio Ambiente de Entre Rios, atesta que a incorporada "não tem impedido ou estabelecido obstáculos para o acesso da comunidade local e turistas à praia de Massarandupió."
A reportagem também entrou em contato com a assessoria de comunicação da prefeitura municipal de Entre Rios, que corroborou o posicionamento dado pela empresa, também citando o relato do secretário de Turismo e Meio Ambiente. Abel Fonseca Ramos também foi procurado para se posicionar, no entanto, não atendeu aos contatos do site via telefone e WhatsApp.
Veja vídeo:
Moradores de Massarandupió acusam empresa de cercar áreas de preservação permanente pic.twitter.com/coViVg2sWM
— bnewsvideos (@bnewsvideos) September 16, 2020
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