Política

Ilhéus: prefeito afasta secretário preso na Operação Xavier

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Mário Alexandre disse que Valmir Freitas é "presumidamente inocente"  |   Bnews - Divulgação Reprodução

Publicado em 16/05/2019, às 08h33   Redação BNews


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Preso durante a Operação Xavier, o ex-vereador e atual secretário da Agricultura e Pesca de Ilhéus Valmir Freitas foi afastado do cargo. A informação foi divulgada em nota, pela Prefeitura, nesta quarta-feira (15).

No esclarecimento, o prefeito Mário Alexandre (PSD) diz que espera que a situação seja esclarecida o quanto antes e que, "apesar de todos serem presumidamente inocentes", afastará provisoriamente o secretário, "porque na atual situação, é impossível exercer as funções inerentes ao cargo de secretário".

Ainda de acordo com comunicado, "o prefeito ressalta que os interesses da população e a transparência da gestão pública norteiam sua conduta pública e que espera a mesma postura de todos os membros da administração municipal".

O chefe do Executivo também destaca que "a investigação refere-se à atuação de Valmir Freitas como funcionário da Câmara (chefe de gabinete), na legislatura passada, sem nenhuma relação com o seu papel atual de secretário municipal".

A operação
Quatro pessoas foram presas durante a ação ocorrida nos municípios de Ilhéus, Itabuna e Coaraci, pelo Ministério Público estadual, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco) e da 8ª Promotoria de Justiça de Ilhéus, em conjunto com a Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Foram presos o secretário de Agricultura e Pesca do Município Valmir Freitas do Nascimento, e dois empresários, Cleomir Primo Santana e Aêdo Laranjeiras de Santana. Dois ex-presidentes da Câmara, os vereadores Tarcísio Paixão e Lukas Paiva, são procurados. Além deles, também são considerados foragidos um servidor da Casa e um empresário, cujos nomes não foram revelados. Foram afastados um vereador e sete servidores da Câmara. Os mandados foram expedidos pela 1ª Vara Criminal de Ilhéus.

Segundo a investigação, os donos das empresas que prestavam serviços terceirizados de organização das licitações e de contabilidade à Câmara Municipal de Ilhéus eram responsáveis pelas fraudes em licitações que geraram contratações direcionadas de outras empresas pré-selecionadas. Os valores dos contratos, por sua vez, eram superfaturados e uma parte deles era destinada como propina a vereadores que ocuparam a presidência do parlamento municipal no período investigado. Estão foragidos dois vereadores, ambos ex-presidentes da Câmara Municipal de Ilhéus, e dois servidores da Casa Legislativa. 

A Operação também cumpriu dez mandados de busca e apreensão. Foram apreendidos documentos e aparelhos eletrônicos. Conforme as investigações, o esquema fraudulento foi operado entre os anos de 2001 e 2018, praticando crimes contra a administração pública, fraudes em licitações e contratos e lavagem de dinheiro.

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