Justiça

Medida do CNJ “desmoraliza” Judiciário baiano, avalia presidente do Sinpojud

Publicado em 07/05/2015, às 11h52   Rodrigo Daniel Silva (@rodansilva)


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A presidente do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário da Bahia (Sinpojud), Maria José Silva disse, nesta quinta-feira (7), que a medida do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que desloca funcionários de segunda instância do Tribunal de Justiça para atuar na primeira, “desmoraliza” o Judiciário baiano, que não tem tomado providências para solucionar o problema da falta de servidores.
O CNJ, órgão responsável pela fiscalização da atividade dos tribunais, determinou, na última terça-feira (5), que cinco servidores de cada gabinete de desembargador e 20% dos funcionários da secretaria do tribunal, vice-presidência e corregedoria geral sejam transferidos temporariamente para a primeira instância.
 “A gente está passando um sufoco com a falta de sete mil servidores. O Tribunal não tem tomado providência em relação a isso, sempre, fala que não tem dinheiro.”, afirmou a presidente do Sinpojud, em entrevista ao Bocão News. Maria José reclamou ainda da dificuldade de negociar com o atual presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Eserval Rocha. “Ele não recebe entidade nenhuma, nem a AMAB, nem a OAB...”, destacou.
Ainda de acordo com a presidente do Sinpojud, a segunda instância do Tribunal também sofre com a falta de servidores. “Só os gabinetes dos desembargadores estão completos. Agora, a gente chega lá e não tem ninguém. Dizem que estão trabalhando em casa”, frisou, salientando que esses funcionários ganham cerca de R$ 12 mil por mês.
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