STJ nega habeas corpus a empresário preso na Operação Copérnico

O empresário baiano preso na Operação Copérnico, Nicolau Marques Martins Júnior, teve o pedido de habeas corpus negado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) nesta sexta-feira (12). Nicolau Júnior teve a prisão decretada pela Justiça no fim do mês passado por liderar um esquema de desvio de recursos em contratos com as prefeituras de Candeias, Salvador e São Francisco do Conde.

De acordo com investigadores da operação, o empresário vinha coagindo testemunhas a não prestarem depoimentos à Polícia Federal. Inclusive, esse foi o argumento do ministro e relator do caso no STF Nefi Cardoso para não conceder a liminar que garantiria liberdade ao acusado.

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Ainda segundo a Polícia Federal, Nicolau Júnior era o dono do Instituto Médico Cardiológico da Bahia (IMCB), entidade que firmava contratos com os municípios da Região Metropolitana de Salvador para gestão de Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e hospitais. 

"Ele estava coagindo testemunhas a não comparecerem à Polícia Federal, determinando que se as pessoas comparecessem, desligaria os parentes empregados na empresa. Ameaças desse gênero levaram a Justiça a pleitear a prisão", explicou a delegada da PF Luciana Matutino na época em que a prisão ocorreu. Segundo a ação proposta pelo Ministério Público Federal (MPF), o empresário ocultava sua característica de real proprietário valendo-se da utilização de "laranjas" na composição do instituto. 

"No final, os valores desviados iam para a conta pessoal dele. Esse líder oculto era o principal beneficiado do esquema", frisou Luciana Matutino.

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