Justiça

Antes de ir para casa, Geddel apresentou vômitos, tonturas e chegou a desmaiar; veja detalhes

Agência Brasil
Relatório médico do COP da Mata Escura comprovou risco real de morte do ex-ministros  |   Bnews - Divulgação Agência Brasil

Publicado em 17/07/2020, às 07h38   Yasmin Garrido


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A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de conceder prisão domiciliar humanitária ao ex-ministro Geddel Vieira Lima foi motivada pela comprovação de risco real de morte, após relatório médico apresentado pelo Centro de Observação Penal do Complexo Penitenciário da Mata Escura, onde ele estava custodiado.

No documento, anexo à decisão assinada pelo ministro Dias Toffoli, presidente da Corte, consta que o emedebista, que havia descoberto um tumor benigno após realização de uma colonoscopia na Papuda, em Brasília, começou a sentir dor ao urinar. O relatório apontou que o adenoma, no entanto, poderia vir a se tornar maligno.

Aliado a isso, Geddel também começou, há cerca de duas semanas, a apresentar perda de força física, o que o levou a desmaiar e cair da própria altura na última terça-feira (14), um dia antes à ida para a domiciliar, o que causou “hematoma, escoriação e edema em região periorbitária direita, com intensa dor local”.

O relatório também descreve que o ex-ministro, antes da soltura, apresentou episódios de vômitos após a ingestão de alimentos, além de tontura. “Refere não vir realizando exames de rotina desde quando deu entrada no sistema prisional, há aproximadamente 3 anos”, diz trecho do documento.

Apesar de o teste da Covid-19 na modalidade swab nasal ter resultado negativo, o relatório médico afirma que Geddel vinha apresentando dispneia progressiva, que é a dificuldade de respirar, “interrompendo, por vezes, atividades básicas diárias”.

“Paciente necessita de exames complementares, alguns urgentes, além de acompanhamento com diversas especialidades médicas, como Proctologista, Gastroenterologista, Psiquiatra, Cardiologista, Urologista” (...) podendo demorar um período que pode cursar com grave complicações na saúde do paciente, que podem cursar com aumento de morbidade e até mortalidade”.

Geddel Vieira Lima foi libertado, nesta quarta-feira (15), para cumprimento de prisão domiciliar humanitária com uso de tornozeleira eletrônica. O irmão do emedebista, o ex-deputado federal Lúcio Vieira Lima comemorou a decisão de Toffoli.

Clique aqui e leia a decisão de Dias Toffoli.

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