Justiça

Justiça pede citação de Geddel e outros 17 réus em ação que apura pedalada fiscal na Caixa Econômica

Agência Brasil
Alta cúpula da Caixa é acusada de maquiar balancetes para cumprir meta de superávit primário  |   Bnews - Divulgação Agência Brasil

Publicado em 01/12/2020, às 10h32   Yasmin Garrido


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O juiz federal Marcus Vinícius Reis Bastos, da 12ª Vara Criminal do Distrito Federal, solicitou a confirmação da citação do ex-ministro Geddel Vieira Lima, dos ex-presidentes da Caixa Econômica Federal Maria Fernanda Coelho, Jorge Hereda, Édilo Valadares, Clarice Coppetti, Fábio Lenza e outros 12 réus acusados de fraudes em contas bancárias de clientes e da utilização do dinheiro para melhorar o balanço de 2012, uma espécie de pedalada fiscal.

A ação penal, que tem os 18 réus, é de autoria do Ministério Público Federal (MPF), que ofereceu denúncia de crimes contra o sistema financeiro nacional após o Tribunal de Contas da União considerar que a manobra aconteceu para “inflar” o caixa do governo federal e maquiar as contas públicas. Após relatório inicial do TCU, de 2015, os ex-integrante da alta cúpula da CEF foram multados.

O TCU ainda afirmou, à época, que, durante três anos, para cumprir a meta de superávit primário, a Caixa lançou mão de R$ 719 milhões que estavam parados em 526 mil contas inativas. Sobre esse dinheiro, o banco pagou impostos ao governo, incorporou R$ 420 milhões ao balanço e ainda repassou dividendos à União.

Apesar de também envolver operações referentes à Caixa Econômica Federal, a presente ação penal, aberta neste ano, não tem relação com os fatos apurados no âmbito da Operação Cui Bono, que tem também o ex-ministro Geddel Vieira Lima, além do ex-deputado Eduardo Cunha, como réu.

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