Política

Julgamento da chapa Bolsonaro-Mourão no TSE marca despedida de atual corregedor

Reprodução/ Ascom TSE
Luis Felipe Salomão deixa o cargo na próxima sexta-feira (29), quando termina o rodízio de dois anos como juiz titular. A chapa de Bolsonaro-Hamilton Mourão (atual vice-presidente) é acusada de espalhar notícias falsas e disparar mensagens em massa durante às eleições de 2018  |   Bnews - Divulgação Reprodução/ Ascom TSE

Publicado em 25/10/2021, às 10h25   Redação BNews


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O início do julgamento, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), das ações contra a chapa encabeçada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), nas eleições de 2018, na próxima terça-feira (26), marcará a despedida do ministro-corregedor Luis Felipe Salomão do cargo.

Segundo informações do jornal O Estado de São Paulo, Salomão deixa o cargo na próxima sexta-feira (29), quando termina o rodízio de dois anos como juiz titular. A chapa de Bolsonaro-Hamilton Mourão (atual vice-presidente) é acusada de espalhar notícias falsas e disparar mensagens em massa durante a última corrida presidencial. 

À frente da corregedoria-geral da Justiça Eleitoral, Salomão irá relatar as duas Ações Investigativas da Justiça Eleitoral (AIJE) referentes ao tema. Também segundo a publicação, a tendência é que os processos sejam arquivados.

Com o final de seu mandato, Salomão também entregará os autos de um inquérito administrativo contra Bolsonaro ao seu sucessor, o ministro Mauro Campbell, que passará a relatar a investigação. Interlocutores dos ministros dizem que a linha adotada pelo próximo  corregedor será a mesma do atual, num possível desdobramento dos processos. 

Fontes no TSE ainda afirmam que o material do inquérito das fake news – compartilhado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para municiar a ação de cassação da chapa presidencial – poderá ser usado na investigação administrativa, permitindo assim sua conversão em uma ação judicial.

A investigação dos supostos ilícitos eleitorais da chapa Bolsonaro/Mourão teve início em 2019 com a apresentação de denúncias pela chapa "O Povo Feliz de Novo" - composta por PT, PCdoB e Pros.

As legendas acusam os vencedores da eleição de 2018 de terem interferido no resultado do pleito a partir de disparos em massa de notícias falsas por empresas privadas e terem feito uso de documentos de pessoas idosas para cadastrar as contas utilizadas na operação.

Passados dois anos, as apurações foram finalizadas por Salomão no último dia 15. 

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