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"Ações do Facebook decepcionaram"

Publicado em 12/09/2012, às 10h23   Redação Bocão News


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Quatro meses após conduzir a maior abertura de capital de uma empresa de tecnologia, Mark Zuckerberg, criador e CEO do Facebook, enfim falou. Em entrevista realizada no Techcrunch Disrupt, em San Francisco, na Califórnia, ele admitiu decepção com a queda do valor das ações da companhia na bolsa de valores e, tentando convencer o mercado, disse que o negócio da companhia é a mobilidade. A apariação de Zuckerberg parece ter agradado o mercado. Durante a entrevista, que durou 25 minutos, as ações da companhia na bolsa de valores subiram 4,6%, sendo cotadas a 20,32 dólares.

"O desempenho de nossas ações tem sido obviamente decepcionante", afirmou Zuckerberg – desde o lançamento, os papéis da companhia perderam mais da metade do valor. Mas o CEO foi rápido ao tentar mostra o caminho para superar a situação: os dispositivos móveis. "Decepcionamos na Nasdaq, mas já estamos fazendo mais dinheiro a partir de acessos via celular, em comparação ao uso da rede social em desktops", afirmou.

A explicação tem uma motivação clara. Logo após a abertura do capital da rede na bolsa de valores, vieram à tona relatórios que apontavam uma mudança no comportamento de usuários no serviço. Mais da metade dos cadastrados já utilizava o site a partir de dispositivos móveis. O problema é que o Facebook não parecia preparado para a virada. Afinal, seus anúncios mal eram vistos nos aplicativos que rodam em tablets e celulares. "O Facebook é agora uma empresa móvel", pregou Zuckerberg, acrescentando que todos os esforços estão voltados para o segmento. O objetivo, é claro, é convencer investidores e usuários que o serviço está pronto para os novos tempos.

Apesar do declarado empenho em mobilidade, Zuckerberg foi enfático ao negar os boatos de que a empresa trabalhe no desenvolvimento de um smartphone próprio. "Não faz o menor sentido", disse. E ele explicou o porquê. "Temos mais de 900 milhões de usuários e nosso objetivo é tornar nosso ambiente acessível ao maior número possível de dispositivos de diferentes marcas", disse. "Com um smartphone próprio, chegaríamos no máximo a 10 milhões ou 15 milhões de pessoas, o que é muito pouco diante do nosso potencial."

Zuckerberg também comentou dois assuntos importantes para o serviço: a aquisição do Instagram e o aprimoramento de mecanismo de busca próprio. "Nós achamos o Instagram incrível e queremos ajudá-los a ganhar milhões e milhões de usuários", disse, referindo-se ao aplicativo de customização e compartilhamento de fotos. Vale lembrar, o Facebook pagou 1 bilhão de dólares pelo controle do produto em abril.

Sobre o mecanismo de buscas interno da rede, ele foi sucinto, apesar da insistência do entrevistador, Michael Arrington, fundador do Techcrunch. "Estamos construindo um eficiente e grande motor de pesquisas na própria rede social", sem detalhar, contudo, o tamanho ou os objetivos da equipe.

Matéria originalmente publicada às 06h01 do dia 12/09.



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