Manifestação

Mulheres protestam por direito a vida no dia 8 de março na Praça da Sé

Vagner Souza/ BNews
Bnews - Divulgação Vagner Souza/ BNews

Publicado em 08/03/2019, às 18h26   Yasmim Barreto



O ato ‘’Mulheres: vivas, livres e resistentes’’, realizado em diversos estados do Brasil e em toda América Latina, nesta sexta-feira (8), traz uma ressignificação para o Dia internacional da Mulher: a ‘’Greve Internacional da Mulher’’. Em Salvador, mulheres, militantes e parlamentares se reuniram para protestar por igualdade de gênero e contra feminicídio.

Ao BNews, uma das articuladoras do 8M – movimento que impulsionou a manifestação – e da rede de mulheres negras do estado da Bahia Lindinalva Di Paula falou sobre a luta das mulheres. ‘’Pra nós o 8 de março é uma data que vai além da simbologia da luta contra o patriarcado, o 8 de março significa uma frente de luta das mulheres quilombolas, sem teto, em situação de rua, das mulheres negras que historicamente sofrem vulnerabilidade social e racismo, das mulheres em cárcere privado, da previdência, do fascismo’’.

Para a reportagem a ativista negra Anete Carvalho, vinda de Santo Amaro, destacou a importância de participar de atos como o de hoje e de se reunir em espaços com outras mulheres para debater sobre questões sociais e políticas. ‘’Simplesmente o fato de ser mulher, de estar nessa sociedade tão machista que nós vivemos, direitos sendo negados todos os dias, eu sou mãe, lésbica, sou uma mulher independente, não sou casada, sou professora, então é muito difícil. Tudo isso me move a estar aqui nesse espaço e em outros espaços como esse, lutando para que juntas nosso grito possa ter um eco e ser ouvido’’.

Durante a concentração, que aconteceu na Praça da Sé, a cofundadora do Elekor, o coletivo de mulheres lésbicas e bissexuais negras, reiterou que o dia 8 de março não é uma comemoração e sim uma reivindicação. ‘’O 8 de março ele vem pra reafirmar o que toda mulher negra, periférica, branca, pobre, toda mulher em situação de rua, está pedindo, por mais direitos, por mais maneiras de conseguir sobreviver ao machismo, de estar viva, de sobreviver a misoginia. Estamos aqui pra brigar por nossas vidas’’.  

Na ocasião, estavam presentes parlamentares como Manuela d’Ávila, Alice Portugal, Olívia Santana e Marta Rodrigues.  

Classificação Indicativa: Livre

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