Meio Ambiente

Empresa acusada de poluir praia em Fernando de Noronha comandará festa em Maraú

Publicado em 03/06/2016, às 09h36   Redação Bocão News



A empresa paulista Scheeeins vai comandar uma festa de Réveillon na Península de Maraú, no litoral sub baiano. A comemoração que começa entre os dias 26 de dezembro e segue até 2 de janeiro de 2017 deixa moradores e comerciantes da localidade preocupados. O pacote para cinco festas que acontecerá em território baiano custa R$ 1.500 para mulheres e R$2.500 para homens.
A mesma empresa realizou uma série de eventos semelhantes em Fernando de Noronha no ano de 2015. De acordo com informações do G1, depois de uma das baladas, o lixo ficou no Forte do Boldró, um ponto turístico da ilha, por mais de 24 horas. O fato revoltou muitos moradores e visitantes, chegou até a gerar uma campanha negativa nas redes sociais.
O organizador das festividades, Ricardo Delgado, admitiu na época a falha no recolhimento do lixo. “O lixo foi recolhido até 24 horas após o evento, talvez ele tivesse que ser recolhido logo após a festa, isso foi uma falha nossa e com quem a gente havia combinado em fazer a limpeza”.
Por causa do problema, o Instituto Chico Mendes da Biodiversidade resolveu tomar providências. O local onde foi realizada a festa foi multado e a chefe substituta da Área de Proteção Ambiental, Lisângela Cassiano, disse que novas medidas vão ser tomadas. “Vamos avaliar os possíveis impactos ambientais e, caso a gente venha autorizar novos eventos, vamos exigir a limpeza imediata do local. No Forte do Boldró nem sabemos se o Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artísitico Nacional) autorizou a festividade, a área tem um forte que é patrimônio histórico”, afirmou Lisângela.
Outra queixa de moradores é que a comunidade local foi excluída dos eventos por causa dos altos valores dos ingressos que chegaram a ultrapassar R$ 600. Delgado se defendeu: “nós tínhamos uma política de ingressos 50% mais barato para o morador. Nós reservamos 20% dos convites para a população de Fernando de Noronha, dessa cota nós vendemos uns 10%. Recebemos todos super bem na porta, mas algumas vezes não conseguimos vender para os turistas nem para o moradores porque os ingressos já haviam sido esgotados antecipadamente”, explicou Ricardo Delgado.

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