Meio Ambiente

Ministro do Meio Ambiente cobra Biden sobre promessa de injetar US$ 20 bilhões na proteção da Amazônia

Marcelo Camargo/Agência Brasil
Biden declarou, em 29 de setembro do ano passado, que iria injetar US$ 20 bilhões para a proteção da floresta amazônica e disse ainda que, caso a destruição da Amazônia continuasse, haveria “consequências econômicas significativas”  |   Bnews - Divulgação Marcelo Camargo/Agência Brasil

Publicado em 22/04/2021, às 17h46   Redação BNews


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O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, cobrou, nesta quinta-feira (22), uma promessa feita pelo presidente norte-americano Joe Biden, em setembro de 2020, de que iria repassar US$ 20 bilhões para proteção da Amazônia.

“Não estamos sequer pedindo os US$ 20 bilhões. US$ 1 bilhão para essa operação de comando e controle (ação de fiscalização policial na floresta) junto desse incentivo econômico terá, sim, bastante condição de reduzir substancialmente o desmatamento ilegal naquela região em 12 meses”, disse o ministro na cúpula do clima.

Biden declarou, em 29 de setembro do ano passado, que iria injetar US$ 20 bilhões para a proteção da floresta amazônica e disse ainda que, caso a destruição da Amazônia continuasse, haveria “consequências econômicas significativas”.

"A floresta tropical no Brasil está sendo destruída", disse o democrata. "Parem de destruir a floresta e, se não fizer isso, você terá consequências econômicas significativas", finalizou. 

Ricardo Salles cobrou ainda, nesta quinta, que as normas previstas no Acordo de Paris para negociações ligadas ao mercado de carbono sejam unificadas, para que os países que poluem mais possam adquirir créditos de controle de emissões de outros locais. 

“O Brasil acumulou créditos, entre 2006 e 2017, de 7,8 bilhões de toneladas de carbono. O Brasil já tem esse crédito. Se esses créditos fossem conhecidos e pagos no mesmo parâmetro que é praticado na Califórnia, o Brasil teria um crédito de US$ 133 bilhões. Desses, nós recebemos apenas US$ 1 bilhão até hoje”, disse o ministro. 

“O Brasil receber, portanto, esse apoio de mais US$ 1 bilhão é bastante razoável. É um número que está muito aquém dos US$ 132 bilhões em crédito de carbono e também se insere dentro da ajuda muito bem vinda que foi oferecida pelo presidente Biden durante a campanha, no volume de US$ 20 bilhões", completou. 

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