Meio Ambiente

Suspenso crédito em áreas desmatadas

Publicado em 01/12/2010, às 18h25   Redação Bocão News


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A moratória da soja, uma das iniciativas para alcançar o desmatamento zero na Amazônia, ganhou um importante aliado. O Banco do Brasil (BB) anunciou nesta quarta-feira (1º) que vetará o crédito rural a fazendeiros de soja que estiverem plantando em áreas recém-derrubadas da floresta.

A medida foi divulgada foi poucas horas após o governo informar queda recorde na taxa de devastação da Amazônia. A decisão do BB reforça a
campanha pela conservação da floresta.
Para o diretor da campanha Amazônia do Greenpeace, Paulo Adário, esse é um passo a mais rumo ao desmatamento zero. Ele estimula outras instituições financeiras adotar o exemplo e ajudar o país a eliminar a chaga do desmatamento, principal contribuição para as mudanças climáticas.

Os números do Programa de Monitoramento do Desmatamento da Amazônia (Prodes) anunciados na manhã desta quarta-feira pelo governo indicam menor taxa de desmatamento da história.

De acordo com os dados gerados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), 6.451 quilômetros quadrados de floresta foram
derrubados entre agosto de 2009 e julho de 2010, o que significa 14% abaixo dos valores registrados no período anterior.
Apesar disso, 6,4 mil quilômetros quadrados de mata devastada representa grande perda de biodiversidade e enormes emissões de
CO2, segundo explica Adario.

No entanto, o diretor do Greenpeace comemora a taxa, considerando que os números confirmam uma tendência de queda continuada desde 2005. Segundo Adásrio, essa queda expressiva e prolongada num momento de expansão da economia brasileira é um sinal positivo de que o país está perto de vencer a guerra contra o desmatamento e zerá-lo até 2015 enquanto gera alimentos, emprego e renda.

O compromisso assinado pelo BB inclui o não financiamento da produção de soja em áreas desmatadas a partir de julho de 2006 no bioma Amazônia, exigência de regularização ambiental das propriedades para a concessão de financiamento, e abertura de linhas de crédito para recuperação de Reserva Legal e Áreas de Preservação Permanente.

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