Meio Ambiente

Avô de Agenor Tupinambá, tiktoker da capivara, está entre causadores de desmatamento em Manaus; saiba detalhes

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Avô de Agenor Tupinambá foi responsável por 42% desmatamento na região  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Redes sociais

Publicado em 06/11/2023, às 21h00   Cadastrado por Victória Valentina


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Ao longo de décadas, a floresta da região metropolitana de Manaus (AM) foi destruída por queimadas causadas por agropecuaristas, segundo o Ibama. Conforme apuração do jornal Intercept, um dos responsáveis pelo desmatamento é o avô de Agenor Tupinambá, que ficou conhecido no TikTok com a capivara Filó.

Segundo a reportagem e dados disponíveis nos sistemas de consulta pública do Ibama e do IPAAM, somente o avô do TikToker, Elmar Cavalcante Tupinambá, foi responsável por 42% desmatamento registrado no município de Autazes nas últimas duas décadas e o valor da multa soma mais de R$ 1,2 milhão.

Na última semana, a fumaça tomou conta da capital amazonense, causando risco a população. 

Ainda segundo o Intercept, outro desmatador de Autazes é  Muni Lourenço Silva Júnior, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Amazonas (FAEA). Até 2022, também presidiu o conselho deliberativo do Sebrae no estado. Ele foi multado pelo Ibama em 2016 em mais de R$ 112 mil.

Como presidente da Faea, Silvca Júnior luta contra indígenas e unidades de conservação ambiental. Conforme apuração do jornal, em 2010 ele defendeu em uma audiência pública que a demarcação de terras indígenas em Autazes traria prejuízos para os agropecuaristas, pois iria desapropriar 400 propriedades rurais. Seis anos depois, ele foi até Brasília para reivindicar que a presidente da época, Dilma Rousseff, anulasse portarias e decretos que delimitavam novas terras indígenas e criavam unidades de conservação ambiental em ao menos sete municípios do Amazonas. A terra indígena Murutinga-Tracajá, em Autazes, era uma delas.

Tupinambá e Silva Júnior se somam a outras 10 pessoas multadas em mais de R$ 100 mil por desmatamento ilegal em Autazes no último ano. Ao todo, o Ibama e o IPAAM aplicaram mais de R$ 5,2 milhões em multas só no município. Os valores variam de R$ 1.800 a quase R$ 800 mil.

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