Meio Ambiente

BNews COP27: pacto de solidariedade climática é defendido por secretário da ONU

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Segundo secretário da ONU, essa é a alternativa que resta para evitar, como consequência, o “suicídio coletivo” do planeta  |   Bnews - Divulgação Routers/Liza Loutner

Publicado em 07/11/2022, às 19h03   Camila Vieira


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Um “pacto de solidariedade climática” entre os países participantes da Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima (COP27) foi proposto pelo secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, nesta segunda-feira (7). Ele considera que essa é a alternativa que resta para evitar, como consequência, o “suicídio coletivo” do planeta. A consideração foi durante o discurso de abertura das atividades, no Egito.

“Nosso planeta está se aproximando rapidamente do ponto de inflexão que tornará o caos climático irreversível. Estamos em uma estrada para o inferno climático com o pé no acelerador”, disse Guterres.  Ele defendeu que, durante os trabalhos da COP27, seja feito um “pacto histórico de solidariedade climática” entre economias desenvolvidas e emergentes. Esse pacto implica, disse, a ampliação de esforços para reduzir, na atual década, as emissões mantendo, dessa forma, os países em linha com a meta de limitar o aquecimento global a 1,5º acima das temperaturas pré-industriais.

Pacto - “Trata-se de um pacto no qual os países mais ricos e as instituições financeiras internacionais deverão fornecer assistência financeira e técnica para ajudar as economias emergentes a acelerarem sua própria transição de energia renovável”, afirmou.

De acordo com o secretário, o pacto buscará acabar com a dependência de combustíveis fósseis e visar à eliminação do uso de carvão como combustível de usinas até 2040. “É também um pacto para fornecer energia universal, acessível e sustentável a todos e em que economias desenvolvidas e emergentes se unam em torno de uma estratégia comum, combinando capacidades e recursos em benefício da humanidade”.

Citando as duas maiores economias do mundo, Guterres disse que os Estados Unidos e a China têm a responsabilidade de “juntar forças” para tornar esse pacto uma realidade. “É a nossa única esperança de cumprir as metas climáticas. A humanidade tem uma escolha: cooperar ou perecer. Ou faremos um pacto de solidariedade climática, ou teremos um pacto de suicídio coletivo”, argumentou.

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