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BNews ESG: Amazônia concentra 90% das áreas com queimadas no 1º bimestre

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Houve focos de incêndios nos seis biomas do país: Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pampa e Pantanal  |   Bnews - Divulgação Divulgação // PrevFogo // MS

Publicado em 14/03/2023, às 10h49   Cadastrado por Rafael Albuquerque



O bioma Amazônia concentrou 90% das áreas com queimadas no primeiro bimestre deste ano. Ao todo, o perímetro atingido pelas chamas foi de 487 mil hectares, de acordo com informe de hoje do Monitor do Fogo, iniciativa do Projeto de Mapeamento Anual do Uso e Cobertura da Terra no Brasil (MapBiomas), em parceria com o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam).

No primeiro bimestre de 2022, a área totalizou 654 mil hectares. Nos seis biomas do país -- Amazônia, Caatinga , Cerrado , Mata Atlântica , Pampa e Pantanal --, em 536 mil hectares, houve focos de incêndios. A pesquisadora Vera Arruda, do Ipam, destaca que a área é 28% menor do que a registrada no primeiro bimestre de 2022.

Segundo a pesquisadora Vera, de modo geral, as chuvas que caracterizam os primeiros meses do ano no país favorecem a diminuição de incêndios. "Mesmo assim, são muitos hectares queimados, em um período de mais chuva", afirma a pesquisadora, que integra a equipe responsável pelo Monitor do Fogo.

Outra particularidade da época é o alto índice de ocorrências em Roraima. O levantamento mostra que as queimadas no estado chegaram a consumir 259 mil hectares, ou seja, 48% do total identificado."Lá tem um tipo de vegetação que se assemelha mais ao Cerrado. Não são só florestas, como na maior parte da Amazônia", explica Vera.

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Nos estados de Mato Grosso e do Pará, o fogo atingiu espaços de 90 mil e 70 mil hectares, respectivamente. Juntos, se somados a Roraima, respondem por 79% dos incêndios detectados pela equipe do projeto. O Cerrado figura em segundo lugar na lista, com 24 mil hectares atingidos pelo fogo.

Perguntada sobre o que a equipe considera uma margem de tolerância quanto aos incêndios, quando se trata do bioma, Vera comenta que, de fato a vegetação se adaptou à presença do fogo.

"O fogo que acontece, hoje em dia, nos últimos anos, não é mais o fogo que naturalmente ocorreria na vegetação, porque ocorreria mais por presença de raios. Ou seja, mais entre as estações. Mais ou menos, de maio a julho. E a gente vê que, na verdade, o fogo do Cerrado se concentra no auge da estação seca, entre agosto e setembro, que são os meses mais críticos do fogo no Cerrado. A maioria do fogo na vegetação vem de origem antrópica, humana, não é de origem natural", afirmou ao Ig.

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