Meio Ambiente
Publicado em 23/11/2023, às 17h06 Beatriz Araújo e Mariana De Siervi
Durante o I Fórum de Mineração & Sustentabilidade, realizado pela Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), que acontece nesta quinta-feira (23), a especialista em relacionamento com povos indígenas e comunidades tradicionais da Vale, Carolina Nascimento, conversou com o BNews sobre uma possibilidade de riscos e impactos às comunidades locais e aos territórios dos povos originários, com a atuação da empresa.
"A Vale conduz todo o seu processo baseado numa gestão eficiente de riscos e impactos. Então, toda a questão legal que disciplina o processo de licenciamento ambiental é respeitado pela empresa na condução desse processo", destacou.
Carolina ainda reforçou o diálogo da Vale com essas comunidades, baseando em uma relação de confiança: "Além disso, existem padrões internacionais que a Vale é comprometida globalmente e esses padrões de como nós devemos atuar respeitando o processo de consulta e consentimento livre, prévio e formado junto a essas comunidades, ter um diálogo aberto e construir uma relação de confiança com comunidades, sejam elas tradicionais ou não, é o que disciplina a nossa atuação. Esses padrões, eles são desdobrados em políticas e normativos internos que orientam os processos que são conduzidos por nossos analistas de relacionamento".
A especialista também falou dos destaques da atuação da empresa com essas questões levantadas.
"Elaboramos estudos de componente específico, tanto indígena como quilombola, onde esses impactos são identificados e a segunda etapa que é a implementação dos programas de mitigação desse impacto, a Vale tem uma agenda voluntária que atua também no sentido de apoiar o desenvolvimento territorial dessas comunidades.", disse.
"Na pauta indígena, nós temos o compromisso da ambição social, que é apoiar as comunidades vizinhas, as nossas operações, a elaborar os seus instrumentos que os apoiam a acessar direitos estabelecidos ali na Declaração da ONU. Então, é um processo que a gente iniciou no ano passado com o povo indígena Kayapó, que está elaborando o seu protocolo de consulta. Esse ano de 2023, nós realizamos dois cursos de capacitação sobre direitos indígenas, com os indígenas Guajajara da terra indígena Karu, no Maranhão, e com o povo Kapó. Esse curso está sendo conduzido por dois especialistas indígenas que são pioneiros na discussão sobre direitos indígenas e o ato seguinte será o ano que vem, a elaboração dos instrumentos que essas duas comunidades vão escolher", finalizou.
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