Meio Ambiente

Junho Verde: Lixo pode ser transformado em energia elétrica; saiba como

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O procedimento ajuda no consumo consciente e aumenta a preservação, livrando o verde de resíduos danosos  |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 12/06/2022, às 06h36   Catarina Alcantara


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Você sabia que a cidade de Salvador é a primeira cidade do mundo a conseguir o registro pela Organização das Nações Unidas (ONU) para a emissão de crédito de carbono e fabricação de energia limpa com engenharia em aterros sanitários? A capital baiana aplica a solução de geração de energia a partir do lixo, podendo ser empregada através de processos termoquímicos, como a combustão, a gaseificação ou a pirólise, com outra opção também que são os processos biológicos, pela biodigestão anaeróbia da fração orgânica dos resíduos, que é o caso da capital.

Entenda os processos:

  • Gaseificação e pirólise-o resíduo é transformado em combustíveis gasosos e líquidos pela ação do calor. Estes combustíveis são então utilizados em caldeiras, motores de combustão interna ou turbinas a gás para acionar os geradores elétricos.
  • Biodigestão anaeróbia - é feita em reatores especificamente projetados e construídos, nos quais o processo ocorre após a segregação dos resíduos orgânicos utilizados como matéria-prima. Este processo, entretanto, ocorre naturalmente em um aterro sanitário que recebe resíduos orgânicos.

Salvador promove a biodigestão há alguns anos, aplicando ações com foco na redução das emissões dos gases causadores do efeito estufa, um dos principais agentes das mudanças climáticas. O trabalho desenvolvido no aterro sanitário pela Bahia Transferência e Tratamento de Resíduos (BATTRE) e pela Termoverde, que são duas das unidades de valorização sustentáveis, elevam a capital a um patamar mais avançado na luta pelo meio ambiente.

O aterro, por exemplo, já fabrica dezenas de toneladas mensais CO2 equivalentes. Eles acabam destinando de maneira correta grande parte do resíduo produzido na capital baiana. Para o Engenheiro Ambiental, Maga Silveira, 30 anos, o tratamento dado ao lixo deveria ser o principal compromisso e preocupação da população com o impacto ambiental.

“É uma ideia de excelente aproveitamento para o lixo, um aproveitamento que favorece a todos, da coleta seletiva simples até o tratamento e descarte nas Usinas, desde a recolhida até a utilização do biogás para energia, melhora crises ambientais, resolve problemas diversos e torna a nossa vida no planeta melhor”, reforçou.

Após o recolhimento, separação e tratamento de resíduos industriais e da rotina das famílias soteropolitanas, o lixo gera energia através do biogás do aterro sanitário. Cerca de 65 % dos resíduos produzidos pela cidade que chegam às unidades de coleta e limpeza são direcionados para estação de transbordo, localizada em Canabrava. Quando este material chega ao aterro, no CIA, ele passa pelo processo para que posteriormente possa ser gerado o biogás. Segundo informações divulgadas e encontradas no site da Termoverde, o fluxo é contínuo e à medida que a produção de resíduos passa pelo processo a extração do biogás ocorre para a geração de energia.

Ela é uma usina termelétrica movida ao biogás localizada no aterro sanitário, inclusive é a primeira do Nordeste. Na instituição é gerado em média 10.000 MWh/mês, energia suficiente para abastecer a demanda de cerca de 200 mil habitantes. A energia gerada é fornecida para os consumidores contribuindo para a melhoria climática e do meio ambiente, além de diversificar a matriz energética do país, gerar retorno financeiro e empregos.

Além disso, nas empresas são desenvolvidos projetos de cunho educacional que buscam levar conhecimento a crianças e adolescentes de forma lúdica, ensinando a destinação correta de resíduos e de que forma eles podem fazer a diferença para a cidade.

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