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EUA: Bispos contestam decisão da justiça sobre casamento entre pessoas do mesmo

Publicado em 28/06/2015, às 16h34   Agência Ecclesia


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O presidente da Conferência Episcopal dos Estados Unidos da América (USCCB) classificou como um “erro trágico” a decisão do Supremo Tribunal que legaliza o casamento entre pessoas do mesmo sexo em todo o país. D. Joseph E. Kurtz, bispo de Louisville, sublinha em comunicado que “a natureza da pessoa humana e do casamento permanece inalterada e imutável”.
“É profundamente imoral e injusto que um governo declare que duas pessoas do mesmo sexo possam constituir um matrimónio”, escreve.
O presidente do episcopado católico norte-americano convida todas as pessoas de “boa vontade” a anunciar “a bondade, verdade e beleza do casamento” como foi entendido durante milénios. O Supremo Tribunal dos EUA decretou que o casamento entre pessoas do mesmo sexo é um direito em todos os Estados do país, os quais passam a ser obrigados a emitir licenças e a reconhecer esses mesmos casamentos, quando realizados noutro Estado.
D. Robert J. Carlson, arcebispo de Saint Louis, publicou uma nota pouco depois do anúncio desta decisão, condenando a mudança da “definição legal de casamento” nos EUA. Segundo o prelado, nada “altera a verdade incontestável e que o casamento é, e sempre será, a união para toda a vida de um homem e uma mulher”. Os nove juízes do Supremo dividiram-se sobre este tema, com cinco a concordar com a decisão e quatro a votar contra.
A decisão afeta em particular os 14 Estados em que estas uniões não eram permitidas - Alabama, Arcansas, Geórgia, Kentucky, Luisiana, Michigan, Mississípi, Missouri, Nebrasca, Dakota do Norte, Dakota do Sul, Ohio, Tennessee e Texas.
O Papa vai visitar os EUA dentro de três meses para presidir ao encerramento do 8.º Encontro Mundial das Famílias, na cidade de Filadélfia. Francisco manifestou-se hoje contra as ideologias “contrárias à natureza e ao desenho de Deus sobre a família e o matrimónio”.

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