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Policial francês e mulher são mortos por jihadista na região de Paris

Publicado em 14/06/2016, às 13h40   Folhapress


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Um policial e sua mulher foram assassinados na noite desta segunda-feira (13), na região metropolitana de Paris, por um homem que afirmou pertencer ao grupo Estado Islâmico.
O criminoso, morto pela tropa de elite da polícia francesa, foi identificado como Larossi Abballa, 25. Ele havia sido condenado em 2013 a uma pena de três anos por integrar uma rede jihadista que pretendia "preparar atos terroristas". 
O presidente francês, François Hollande, classificou a ação de "incontestável ação terrorista" nesta terça-feira (14). "A França enfrenta uma ameaça terrorista de grande importância." 
A rede, que tinha vínculos na França e no Paquistão, facilitava o recrutamento, a formação física e ideológica, assim como o envio ao Paquistão de jovens voluntários para a jihad armada, informaram fontes próximas à investigação. 
Fichado por radicalização, Abballa também foi citado em uma investigação recente sobre uma rede extremista síria, de acordo com as fontes. 
O ATAQUE 
Por volta das 21h desta segunda (16h em Brasília), Abballa esfaqueou um policial de 42 anos que estava em trajes civis em frente a sua casa, em Magnanville, a 55 km de Paris. 
Testemunhas afirmaram que ele gritou "Allahu Akbar" (Deus é grande) no momento da agressão fatal. 
Larossi Abballa se entrincheirou em seguida na residência da vítima, que foi rapidamente cercada pela força de elite da polícia. Após negociações que não deram resultado, os agentes invadiram o local e mataram o criminoso. 
"Ao entrar, as forças de segurança encontraram o corpo de uma mulher e o agressor foi abatido", disse o procurador de Versalhes. 
A mulher do policial assassinado trabalhava como secretária na delegacia da localidade de Mantes-la-Jolie, onde residia Abballa, a oeste da capital francesa. 
Os agentes resgataram o filho do casal, de três anos, em estado de choque, mas ileso. A criança recebeu atendimento médico. 
Duas pessoas ligadas a Abballa foram detidas, segundo a polícia, que não deu mais detalhes. 
ESTADO ISLÂMICO 
Pouco depois do anúncio dos assassinatos, a agência Amaq, vinculada ao Estado Islâmico, anunciou que "um combatente do EI" matou um policial e sua companheira perto de Paris, de acordo com o SITE, o centro americano de vigilância de portais extremistas. 
Fontes policiais informaram antes mesmo do comunicado da Amaq que Larossi Abballa havia alegado pertencer ao EI durante as negociações com as forças de segurança. 
O departamento antiterrorista da Procuradoria de Paris assumiu o comando da investigação. 
O primeiro-ministro Manuel Valls manifestou "a solidariedade de toda a nação com os policiais", ao mesmo tempo que incentivou o país a "rejeitar o medo, a combater o terrorismo". 
Desde os atentados de novembro em Paris, que deixaram 130 mortos, a França vive um clima de ameaça terrorista e adotou medidas de segurança mais rígidas. 
O ataque ocorreu dois dias após a ação de um atirador em uma boate gay de Orlando, nos EUA, que matou 49 pessoas, e em plena Eurocopa, disputada neste mês na França. 
Em março deste ano, a facção extremista explodiu bombas no aeroporto e no metrô de Bruxelas, na Bélgica, matando 32 pessoas e ferindo centenas.

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