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Oposição do Peru pede renúncia imediata do presidente por causa da Odebrecht

Ernesto Arias/EFE/Agência Lusa/Arquivo
Empreiteira brasileira relator ter transferido 4,8 milhões de dólares para companhias ligadas a Kuczynski   |   Bnews - Divulgação Ernesto Arias/EFE/Agência Lusa/Arquivo

Publicado em 14/12/2017, às 19h24   Agência Brasil


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O partido de oposição de direita que controla o Congresso do Peru pediu que o presidente do país, Pedro Pablo Kuczynski, renuncie imediatamente e permita que o vice-presidente Martín Vizcarra assuma a Presidência, disse nesta quinta-feira (14) o porta-voz do partido Força Popular, Daniel Salaverry.

Ele afirmou em entrevista coletiva que Kuczynski não pode mais continuar no cargo, após a empreiteira brasileira Odebrecht relatar ter transferido 4,8 milhões de dólares para companhias ligadas a ele. Kuczynski havia negado anteriormente quaisquer ligações com a Odebrecht. Na quarta-feira, ele negou qualquer ato irregular, mas não negou que as transferências aconteceram.

Pagamentos

A Odebrecht pagou mais de US$ 782 mil à empresa Westfield Capital, do atual presidente do Peru,  por serviços de consultoria realizados entre 2004 e 2007, segundo revela um documento da construtora brasileira enviado à comissão parlamentar que investiga os desdobramentos da Operação Lava Jato naquele país sul-americano.

Os pagamentos pelas consultorias da Westfield Capital aconteceram entre novembro de 2004 e dezembro de 2007, e coincidem com o período em que Kuczynski ocupou os cargos de ministro da Economia e, posteriormente, de primeiro-ministro.

Kuczynski anunciou ontem (13) que decidiu receber os integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga o escândalo de corrupção envolvendo a Odebrecht em seu país.

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