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Brasil e mais 12 países pedem investigação de suposto ataque a Maduro

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O Grupo de Lima repudia qualquer tentativa de manipular incidente que, segundo governo da Venezuela, envolveu explosões provocadas por drones   |   Bnews - Divulgação EPA/PALÁCIO DE MIRAFLORES

Publicado em 12/08/2018, às 15h28   Redação BNews


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Os países que integram o Grupo de Lima – Argentina, Brasil, Canadá, Colômbia, Costa Rica, Chile, Guatemala, Guiana, Honduras, México, Panamá, Paraguai e Peru – lançaram neste sábado (11) um apelo urgente ao governo da Venezuela para que seja conduzida uma investigação "independente, exaustiva e transparente" sobre uma suposta tentativa de atentado contra o presidente Nicolás Maduro.

Em 4 de agosto, duas explosões, que as autoridades de Caracas dizem ter sido provocadas por dois drones, obrigaram Maduro a abandonar rapidamente uma cerimônia de celebração do 81º aniversário da Guarda Nacional Bolivariana. Sete militares ficaram feridos.

A cerimônia, realizada na Avenida Bolívar de Caracas, era transmitida ao vivo pelas rádios e televisões venezuelanas e, no momento em que Maduro anunciou que tinha chegado a hora da recuperação econômica do país, ouviu-se uma das explosões.

Por meio de um comunicado, o organismo, segundo o G1, repudiou qualquer tentativa de manipular o suposto ataque para "perseguir e reprimir a dissidência política". Os governos que integram o grupo rechaçaram firmemente a violação do devido processo legal e das normas internacionais em matéria de direitos humanos com a detenção "arbitrária, ilegal e sem investigação prévia" do deputado Juan Carlo Requesens, que o governo acusa de ser um dos responsáveis pela tentativa de atentado.

O grupo também condenou a ordem de prisão internacional emitida por Caracas contra o presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Julio Borges, também vinculado ao suposto ataque com drones.

O Grupo de Lima considerou que ambas as situações constituem uma "aberta violação" de seu foro parlamentar e das garantias e imunidades previstas na Constituição, assim como na Convenção Americana sobre Direitos Humanos e em outros tratados internacionais.

Com uma investigação independente, o governo de Maduro deve esclarecer o ocorrido no último dia 4 de agosto de maneira imparcial, respeitando o estado de direito e os direitos humanos, pediu o grupo.

Seus membros expressaram "profunda inquietude pela utilização de instituições de segurança e aplicação da lei do Estado venezuelano para perseguir adversários políticos, o que demonstra mais uma vez a ruptura da ordem democrática e a violação da Constituição". O grupo exigiu a libertação imediata de presos políticos.

A Colômbia tem estado no centro das acusações do governo venezuelano. Poucos dias após o suposto ataque, a Venezuela emitiu um comunicado responsabilizando Bogotá por qualquer nova agressão contra Maduro. Neste sábado, o líder venezuelano acusou diretamente o ex-presidente colombiano Juan Manuel Santos de ordenar a tentativa de atentado.

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