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Príncipe Charles fez fortuna com negócios imobiliários e aluguel de súditos

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Rendimentos da realeza britânica são questionados após Harry e Meghan anunciarem que renunciariam às regalias e deveres inerentes a família real  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Presidencia de la República Mexicana

Publicado em 30/01/2020, às 11h42   Redação BNews


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O príncipe Charles acumulou uma riqueza estimada em 21,6 milhões de libras no ano passado - cerca de R$ 117 milhões – a partir de negócios imobiliários e cobrança de aluguel de súditos. É o que revela uma matéria do jornal The New York Times. 

A decisão do príncipe Harry e sua esposa Meghan em abandonar as regalias e deveres da realeza britânica consequentemente jogou luz no debate sobre a forma como Charles acumulou sua fortuna nos últimos anos. 

Dinheiro oriundo de gente como Alan Davis, que mora em um imóvel à beira-mar, no Ducado da Cornualha. A ilha localizada na costa sudoeste da Inglaterra faz parte do império imobiliário controlado pelo herdeiro do trono britânico. 

Por uma peculiaridade da lei britânica, Davis tem de depositar 12,5 libras (aproximadamente R$68) a cada seis meses -valor do cheque de aluguel revertido ao príncipe. 

Além da posse destas terras no litoral, segundo a publicação, a fortuna de Charles também foi acumulada a partir da herança de propriedades medievais e de benefícios fiscais do Estado, como o pagamento de indenizações e isenções fiscais.

Criado em 1337 com o objetivo de fornecer renda ao herdeiro real, o ducado de Cornualha trouxe benefícios como o direito a naufrágios não reclamados nas costas da Cornualha, carcaças de baleias e esturjões e pelo menos 945 litros de vinho de barcos que atracam nos portos da Cornualha.

Quase 700 anos depois, o príncipe Charles, com a ajuda de setores do mercado imobiliário britânico, transformou essa propriedade em um negócio próspero, e voltou o foco das terras rurais para propriedades urbanas altamente lucrativas.

Uma porta-voz do ducado disse em comunicado que o Parlamento "confirmou seu status de propriedade privada", e destacou que o Tesouro concluiu que sua situação fiscal não consiste em uma vantagem. 

"O príncipe sempre garantiu que tem os interesses de suas comunidades como prioridade equivalente", afirmou o texto.

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