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Kodak pede concordata para reorganizar seus negócios

Imagem Kodak pede concordata para reorganizar seus negócios
Companhia obteve uma linha de crédito de U$950 milhões do Citigroup para continuar operando  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 19/01/2012, às 11h57   Redação Bocão News



A centenária companhia fotográfica Eastman Kodak entrou com pedido de proteção contra falência nos Estados Unidos, após um prolongado declínio de uma das companhias mais conhecidas do país. A informação foi feita pela própria empresa, nesta quinta-feira (19), por meio de comunicado. "A companhia e suas subsidiárias nos EUA entram com pedido voluntário de 'proteção' ao Capítulo 11 da Lei de Falências dos Estados Unidos", afirmou em nota.
A Kodak pediu concordata depois de não ter conseguido levantar capital para financiar uma recuperação financeira de longo prazo. Com o pedido, a empresa pretende reforçar a liquidez nos Estados Unidos e no exterior, rentabilizar a propriedade intelectual não estratégica, solucionar a situação dos passivos e concentrar-se nos negócios mais competitivos.

A companhia de 130 anos e pioneira do filme fotográfico informou que obteve uma linha de crédito de 950 milhões de dólares do Citigroup para continuar operando. O vencimento é de 18 meses. 


O empréstimo e a proteção contra credores podem dar à Kodak o tempo necessário para encontrar compradores para algumas de suas 1.100 patentes de tecnologias digitais, o conjunto de ativos mais importante da empresa, e se reestruturar enquanto continua a pagar os 17 mil empregados.
"O conselho de diretores e toda a alta direção acreditam de forma unânime que isso é um passo necessário e a coisa certa a fazer para o futuro da Kodak", declarou o presidente de conselho e presidente-executivo, Antonio Perez, em comunicado. O valor de mercado da companhia afundou para U$150 milhões ante U$31 bilhões  15 anos atrás.
Estratégia
Pioneira dos processos fotográficos, a Kodak foi fundada em 1888 com sede em Rochester (Nova York). Há décadas, porém, a empresa luta para lidar com a concorrência emergente no segmento fotográfico, o que se acentuou com o surgimento da tecnologia digital.
Sua cartada final - uma tentativa de se transformar em uma empresa que vende impressoras - revelou-se algo demasiadamente caro em meio às vendas em declínio do filme fotográfico e às caras obrigações pagas aos funcionários aposentados.

Cm informações Uol e Folha.Com

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