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Biden pede ao Congresso proibição de armas de assalto e diz que país 'não pode falhar de novo'

Pedro LadeiraFolhapress
Bnews - Divulgação Pedro LadeiraFolhapress

Publicado em 03/06/2022, às 06h15   Folhapress


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À frente de velas em homenagem às vítimas de massacres recentes nos EUA, o presidente americano, Joe Biden, voltou a pressionar, nesta quinta-feira (2), congressistas do país para que aprovem medidas mais rigorosas de controle ao acesso a armas e pediu a democratas e republicanos que quebrem o que chamou de "anos de impasse ideológico".

"A questão é: o que o Congresso vai fazer agora?", perguntou Biden durante pronunciamento na Casa Branca no qual disse que o país "não pode falhar de novo". Durante o discurso, o democrata voltou a pedir a proibição de armas e munição de alta capacidade e disse ser necessário a verificação de antecedentes criminais antes da venda dos armamentos.

O apelo de Biden foi direcionado principalmente ao Senado, casa na qual cada partido hoje tem 50 assentos. Segundo a regra conhecida como "filibuster", é necessária uma maioria de 60 votos a favor para que uma lei seja aprovada–ou seja, dez republicanos precisam pular o muro.

Além de pressionar congressistas, Biden voltou a criticar o lobby pró-armas no país, dizendo ser necessária uma revogação do que chamou de "imunidade" dos fabricantes. Sobre ataques recentes que abalaram o país, Biden expressou condolências aos familiares das vítimas.

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"Em ambos os lugares, passamos horas com centenas de familiares, que estavam quebrados, cujas vidas nunca mais serão as mesmas", disse ele. "Eles tinham uma mensagem para todos nós: Faça alguma coisa. Apenas faça algo. Pelo amor de Deus, faça alguma coisa."

O pronunciamento se deu em meio à retomada do debate sobre o controle de armas no país, trazido à tona depois de outros dois massacres recentes –em uma escola de ensino fundamental no Texas e em um supermercado em Nova York.

Há nove dias, um massacre na escola Robb, no Texas, terminou com 19 crianças e 2 professoras mortas. O autor, um jovem de 18 anos, portava um rifle AR-15 e, antes de ser responsável pelo pior massacre em uma instituição de ensino infantil no país em uma década, também disparou contra a avó.

Salvador Ramos não tinha histórico de doença mental nem antecedentes criminais, mas fez posts ameaçadores nas redes antes do tiroteio. Ele teve uma adolescência marcada por bullying e problemas familiares e, ao completar 18 anos, celebrou postando uma foto com dois fuzis que comprou pouco depois do aniversário. Ramos foi morto pela polícia na ação.

O caso na cidade de Uvalde ocorreu dias depois de outro episódio, em Buffalo, no estado de Nova York, no qual morreram dez pessoas num supermercado. O autor teve motivações racistas e deve ser indiciado por terrorismo doméstico. Após o ataque no Texas, o presidente Joe Biden fez um discurso emocionado no qual criticou o lobby pró-armas no país e defendeu o controle no acesso a armamentos.

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