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Disputa por herança do 'rei da cocaína' gera ameaça de morte entre familiares

Divulgação / Casa Museu de Pablo Escobar
Entre os itens da herança deixada pelo narcotraficante mais rico da história estão carros, motos, snowmobiles, roupas de grife e até aviões  |   Bnews - Divulgação Divulgação / Casa Museu de Pablo Escobar

Publicado em 22/08/2023, às 07h05 - Atualizado às 07h12   Redação


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A farta herança deixada pelo narcotraficante Pablo Escobar gera uma briga com ameaça de morte entre membros de sua família. O ex-chefe do Cartel de Medelín, também chamado de rei da cocaína, era proprietário de uma coleção de carros, motos, snowmobiles, roupas de grife e até aviões.

Segundo o jornal The Telegraph, Nicolás Escobar, que se autodenomina o “sobrinho favorito de Don Pablo”, afirma que posses de seu tio são “legitimamente suas”. Aos 53 anos, ele se empenha em preservar os itens em uma nova exposição. Contudo, o pai dele, um ex-contador do cartel, Roberto Escobar, de 76 anos, ameaçou matá-lo caso ele tentasse reivindicar os direitos às lembranças de Pablo.

“Ele [Roberto] ainda pensa que pode fazer o que quiser, que está na máfia e é um chefe”, disse Nicolás ao jornal. À reportagem, ele ainda acrescentou: “Um dia, minha irmã me ligou e disse para eu não tentar entrar na casa [do meu pai]. Ela me falou que se eu entrasse alguém me mataria, porque nosso pai deu a ordem”.

De acordo com a publicação, Pablo deixou uma Harley Davidson cor de rosa, um pequeno jato privado, uma série de fotografias raras e uma arma que já teria passado pelas mãos do gângster americano Al Capone. Para Nicolás, a coleção é um “tesouro de maravilhas antigas e luxuosas” e merece um lugar sob os holofotes.

A Casa Museu de Pablo Escobar, em Medelín, na Colômbia, era propriedade de Roberto e Nicolás. No local, estavam a maioria dos itens da herança deixada pelo trafiante. Tudo ficava lá até julho, quando o local foi demolido. No museu, visitantes relembravam a vida do criminoso por meio de fotos, roupas, objetos de valor sentimental, quadros e bens conquistados na época em que o colombiano comandava um dos cartéis de drogas mais poderosos do mundo.

A ideia de Nicolás é realocar a coleção de lembranças de seu tio em um novo espaço, preservando a história e legado dele, mas “sem glorificá-lo”. 

Pablo controlou mais de 80% da cocaína enviada aos Estados Unidos, o que rendia a ele a posição de uma das 10 pessoas mais ricas do mundo. Escobar ingressou no tráfico de drogas no início dos anos 1970, e 10 anos depois tinha um patrimônio líquido estimado em US$ 30 bilhões.

O dinheiro era tão abundante que ele comprou um Learjet com o único propósito de transportar o seu dinheiro. O contrabando de cerca de 15 toneladas de rendia ao Cartel até US$ 420 milhões por semana. Informações de O Globo.

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