Embaixadora da Ucrânia na ONU responde a Bolsonaro: "Não há espaço para neutralidade"

O governo da Ucrânia mantém a posição de que está sofrendo um ataque desigual da Rússia e cobra ajuda dos países do ocidente. A fala da embaixadora do país na ONU, Yevheniia Filipenko, ressalta que no momento não há "espaço para neutralidade", como o caso do Brasil, onde o presidente Jair Bolsonaro decidiu se abster de assumir um lado no conflito.

"Não há espaço para neutralidade na situação atual. Todos precisamos nos levantar para defender nossos princípios básicos. Eles garantem a todos os países sua soberania, integridade territorial e existência", disse Yevheniia.

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"Só há espaço para ação, para colocar fim às agressões e colocar um fim aos ataques", acrescentou.

No último domingo, Bolsonaro pregou um discurso cauteloso no qual alegou que o certo era não "tomar partido" na guerra entre os dois países do leste europeu e da Ásia.

"Nós devemos entender o que está acontecendo, no meu entender, nós não vamos tomar partido, nós vamos continuar pela neutralidade e ajudar no que for possível em busca da solução", disse.

A embaixadora avaliou a relação entre Bolsonaro e Vladimir Putin, presidente da Rússia, e destacou que para sanar o problema é preciso um posicionamento distinto.

"Nesse momento, as relações bilaterais não interessam. O que importa é a resposta conjunta diante das violações", afirmou.

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