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'Estou feliz por não perdermos um aliado', diz Zeleski após a vitória de Johnson

Divulgação/Governo da Ucrânia
Desde o início da guerra contra a Rússia, Johnson tem sido um dos principais aliados da Ucrânia  |   Bnews - Divulgação Divulgação/Governo da Ucrânia

Publicado em 07/06/2022, às 13h41   Folhapress


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O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, disse nesta terça-feira (7) que a permanência do primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, no cargo é uma "boa notícia". O premiê britânico sobreviveu na segunda (6) a uma votação no Parlamento que poderia afastá-lo do poder.

"Estou feliz por não termos perdido um aliado muito importante", disse o líder ucraniano durante conferência realizada pelo jornal Financial Times. "Esta é uma grande notícia", completou Zelenski.

Desde o início da guerra contra a Rússia, em 24 de fevereiro, Johnson tem sido um dos principais aliados da Ucrânia, ao lado do presidente da França, Emmanuel Macron.

Autoridades em Kiev elogiaram o primeiro-ministro do Reino Unido por suas decisões de fornecer armamento sofisticado para a Ucrânia desde o início do conflito e pelo apoio ao objetivo de expulsar as forças russas.

Johnson visitou Zelenski na capital ucraniana em abril, logo depois que as forças russas se retiraram da região ao redor da cidade para reorientar sua ofensiva no leste e sul da Ucrânia.

Para vencer o voto de confiança ontem, Johnson precisava de maioria absoluta, ou seja, 180 ou mais votos favoráveis a ele. No total, 211 parlamentares votaram a favor do primeiro-ministro, enquanto 148 votaram contra.

A votação se deu na esteira do escândalo de "Partygate", como ficaram conhecidas as denúncias de participação do primeiro-ministro britânico em festas durante o período de lockdown por conta da pandemia de covid-19.

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IMPASSE NA GUERRA CONTRA A RÚSSIA "NÃO É UMA OPÇÃO"

Durante a conferência, Zelenski também afirmou que um impasse na guerra contra a Rússia "não é uma opção". Ele voltou a apelar por apoio militar ocidental para restaurar a integridade territorial de seu país.

"Somos inferiores em termos de equipamentos e, portanto, não temos condições de avançar", disse. "Vamos sofrer mais perdas e as pessoas são minha prioridade", acrescentou.

Na avaliação do presidente ucraniano, empurrar as forças russas de volta às posições ocupadas antes de 24 de fevereiro equivaleria a uma "séria vitória temporária" para a Ucrânia, mas a soberania total sobre seu território continua sendo seu objetivo final.

Zelensky disse que "a vitória deve ser alcançada no campo de batalha", mas também insistiu que está aberto a negociações de paz com o presidente Vladimir Putin.

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